FESTA DOS PÃES ASMOS

 
Em Êxodo 12.14, Jeová determinou que a Festa Páscoa teria que ser celebrada «anualmente», isto é, em todo dia 14 do «primeiro mês» (Abibe/Nisã), ver também os versos 6 e 18. Este memorial não era só para a Festa da Páscoa, mas também para a Festa dos Pães Asmos (Êx 12.15-20), a qual falamos em seguida. - No dia da libertação dos filhos de Israel do Egito, não houve tempo, tudo foi feito apressadamente. Entretanto, para as gerações futuras, Yahweh determinou que a Festividade tivesse a duração de sete dias; «Sete dias comereis pães asmos...» (v.15). Evidentemente, isso só poderia ser feito posteriormente, após a partida do Egito. Então, nota-se, que a Páscoa realizada no dia 14 de Abibe, no crepúsculo da tarde (Êx 12.6; Deut 16.6), assinalava o início da outra Festa chamada «Festa dos Pães Asmos», que começava no dia 15 e terminava no dia 21 à tarde (Êx 12.18; 13.7). Na verdade, os pães asmos, deveriam ser comidos a partir da tarde do dia 14 (vs.18). «...Sete dias se comerão pães asmos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos» (Êx 13.7). Durante a semana da Festa dos Pães Asmos, o fermento (heb. seor , isto é, qualquer substância semelhante à levedura, capaz de produzir fermentação em massa de pão ou líquido) e qualquer coisa fermentada (heb. hamets, isto é, qualquer coisa fermentada ou contendo levedura) tinha que ser removida dos lares dos israelitas. - Em Êxodo 12.15 e 13.7, hamets e traduzido por «pão levedado», porém, o significado literal desse termo, é «coisa fermentada». Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma, «em todo teu território» (Êx 13.7 – ARA). A negligência e a desobediência a esta ordenança, traria punição ao culpado (vs.15). É sobre esta punição que trataremos em seguida.
Punição «Porque qualquer que comer cousa levedada, desde o primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será eliminada de Israel» (Êx 12.15 – ARA). A rejeição intencional e deliberada dos preceitos de Jeová resulta em julgamento Divino (v.19). O culpado era excluído do povo do concerto, ou, pela expulsão, ou pela morte (Êx 31.14). A punição era gravíssima; pois nas Escrituras, o fermento frequentemente simboliza o pecado, a impureza, a podridão, a corrupção, a hipocrisia, as doutrinas falsas, e, enfim tudo o que corrompe e contamina o homem (Mat 16.6,11; Marc 8.15; Luc 12.1; 1 Cor 5.6-8). Veja mais sobre o Tipo de Pão da Santa Ceia É claro que nenhuma cerimônia (festa) religiosa tem valor para Yahweh, ser vier acompanhada do pecado humano (1 Cor 11.28.29). O povo israelita devia obedecer a Deus, caso contrário, o culpado era punido. Connosco também não é diferente, apesar sermos um povo de uma Nova Aliança, porém, não estamos isentos das nossas responsabilidades e obediência aos preceitos estabelecidos pelo Senhor Jesus Cristo.
Nos tempos do A.T., guardava-se a Páscoa separada da Festa dos Pães Asmos, apesar de terem íntima conexão. A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abibe ou Nisã (a Ceia Pascal era comida no início do dia 15, ou seja, na noite deste dia, pois o dia judaico começa às 18 horas, à tarde do dia 14, era dedicado ao sacrifício dos cordeiros pascais, bem como de outros preparativos, o qual falaremos mais adiante), enquanto que a Festa dos Pães Asmos começava no dia 15 de Abibe, e continuava durante «sete dias» (Êx 12.6; Lev 23.5,6). Juntas formavam uma Festa dupla. Nos tempos de Jesus, as Festas da Páscoa e dos Pães Asmos já eram tratadas como sendo uma somente (Luc 22.1). Isto se devia, sem dúvida alguma, ao fato de não haver intervalo entre as duas Festas, e também porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Êx 12.1-28). Na verdade a Festa dos Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa. Durante estas acontecia o dia das primícias da cevada.

O QUE FOI ABOLIDO NA CRUZ?

A CRUZ É O CENTRO DA HISTÓRIA DO MUNDO; A ENCARNAÇÃO DE CRISTO E A CRUCIFICAÇÃO DO NOSSO SENHOR CONSTITUEM O FULCRO EM TONO DO QUAL GIRAM OS EVENTOS DOS SÉCULOS.
Alexander MacLaren

1- Que efeito teve a morte d Cristo na cruz sobre todo o sistema de sacrifícios?
Daniel 9:26-27 – E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias. … E Ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação.

2- O que levou Jesus à cruz?
Colossenses 2:14 – Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.

Nota: Os nossos pecados.

3- O que foi realmente abolido na cruz com o sacrifício de Jesus?
Efésio 2:15,16 – Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.

Nota: “a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças”, refere-se claramente à lei levítica ou lei dos sacrifícios de animais, estes eram tipos que apontavam para o anti-tipo, Cristo “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” ver João 1:29.

4- De que texto Sagrado aprendemos que estas ordenanças se referiam ao sistema sacrificial?
Hebreus 10:1 – PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exacta das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.

5- Que acontecimento verdadeiramente singular teve lugar na crucifixão, claramente indicativo que o sistema típico fora abolido por Cristo?
Mateus 27:51 – E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.

Nota: O véu do templo dividia o lugar santo do lugar santíssimo onde só o sumo-sacerdote tinha acesso. Jesus com o Seu sacrifício expiatório anulou o obstáculo, a barreira. O pecador pode ir directamente a Deus sem passar por cerimónias especiais, nem por sacerdotes humanos, Cristo é o nosso Sumo-sacerdote.

6- Tinha Jesus feito referência a este importante assunto durante o Seu ministério?
João 4:21 – Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.

Nota: No encontro que Jesus teve com a mulher samaritana, referiu que o culto dos Judeus se centrava no Templo de Jerusalém e dos Samaritanos que tinha como centro o Monte Gerizim. Jesus refere que próximo estava o tempo em que todo o serviço tipo seria abolido.

7- Que questão se levantou no tempo dos Apóstolos?
Actos 15:1 – ENTÃO alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.

8- Que exigência ainda era feita por alguns que pregavam o Evangelho?
Actos 15:24 – Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento.

Nota: a circuncisão não fazia parte da Lei Moral ou dos Dez Mandamentos. Ela era parte da lei da saúde e com o tempo foi identificada como lei religiosa ou fazendo parte das leis cerimoniais. Por esta razão se reuniu o primeiro Concílio para deliberar assuntos relativos aos ensinos da fé.

9- Depois de orarem e falarem sobre o assunto, a que decisão chegaram os Apóstolos?
Acto 15:28,29 – Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias. Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.

10- Que acusação enfrentou Estêvão relativamente à lei cerimonial?
Actos 6:13,14 – E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei. Porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.

Nota: Estes costumes estavam em relação com a pregação de Estêvão que claramente apresentava Jesus como o Messias.

11- A mesma acusação é feita contra o Apóstolo Paulo.
Actos 18:13 – Dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei.
Nota: Esta lei, obviamente, não se trata – repito – a Lei de Deus, mas a referida lei das cerimónias.

12- Paulo teve que esclarecer os seus acusadores de que os seus ensinos não iam de encontro à Lei Moral, mas aos ensinos da lei cerimonial.
Actos 24:14 – Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.

13- Qual é uma das funções da Lei Moral?
Gálatas 3:24 – De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.

14- Como se refere à Lei Moral?
Romanos 3:31 – Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.

Nota: há uma Lei que permanece e permanecerá para sempre, a Lei que orienta baliza a vida do crente que aceitou o sacrifício vicário de Cristo. Uma coisa bem certa se pode afirmar: Se não há Lei, não há pecado. Porque o pecado é a transgressão da Lei. Se não há pecado não necessitaríamos de Cristo. Necessitamos da persistência na Palavra de Deus, necessitamos da Lei de Deus e da Fé em Jesus Cristo.

15- Que diz o Apóstolo João ver na Pátria Celestial?
Apocalipse 14:12 – Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

16- Se alguma coisa mais convincente necessitasse seria o testemunho de Jesus, que diz?
Mateus 5:17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.

Conclusão: Cristo guardou a Lei. Se a tivesse alguma vez quebrado, teria que morrer por Si mesmo; mas porque era o Cordeiro imaculado e incontaminado, a Sua morte propiciatória é eficaz para vós e para mim. Não tinha pecado próprio pelo qual expiar, de maneira que Deus Lhe aceitou o sacrifício. Cristo é o fim da Lei para justiça de todo aquele que crê. Somos justos aos olhos de Deus porque a justiça divina que é pela fé em Jesus Cristo, é para todos e por todos os que crêem. Weighed and Wanting, D.L.Moody, ps. 123,124.

O SERVIÇO ANUAL NO SANTUÁRIO

Além do serviço diário, existia na economia israelita uma série de festas e convocações solenes que constituíam o calendário eclesiástico e que chamaremos o serviço anual do Santuário. Este serviço anual acha-se descrito mais sistematicamente no capítulo 23 do livro de Levítico.
A Páscoa (Lev. 23:4-5, Ex. 12)
A primeira destas festas era a Páscoa (Pesakh). Era realizada no dia 14 do primeiro mês (Nisã ou Abib). A primeira Páscoa foi realizada por ocasião da saída do povo israelita do Egipto, evento que passou a comemorar. No décimo dia do mês, era escolhido um cordeiro de um ano e sem defeito. Na tardinha do décimo quarto dia o cordeiro era morto e assado. A carne devia ser comida pela família aquela mesma noite com pães sem fermento e ervas amargas. Na primeira Páscoa, as portas deviam ser ungidas com sangue do cordeiro para que a família seja libertada da praga da morte do primogénito.
A palavra-chave desta cerimónia é libertação. Por esta razão se torna um tipo do sacrifico de Cristo. Jesus nos liberta da escravidão do pecado e da sentença de morte que pesava sobre nós. Mas para isso o Seu sangue precisava ser derramado e os Seus méritos aplicados a nós pela fé.
Os Pães Ázimos (Lev. 23:6-8)
No dia seguinte à Pascoa (15 de Nisã) começava a festa dos pães ázimos (Hag Hamatzot). Durante sete dias não poderia haver fermento dentro das casas dos israelitas. Originalmente os pães ázimos representavam a saída rápida do Egipto, mas podemos ver aqui (e Cristo nos autoriza a faze-lo na Santa Caia), no cereal moído, feito farinha e logo pão, um símbolo do corpo de Cristo quebrantado pelo homem e por causa do homem. Mas vemos também na ausência de fermento o símbolo de ausência de pecado em Cristo. E somos convidados a ingeri-lo, para que faça parte do nosso próprio organismo como alimento, dando-nos, desta forma, vida.
O primeiro e o último dia desta festa deviam ser dias de “santa convocação” e nenhum trabalho servil devia ser feito (eram portanto sábados cerimoniais).
A Festa das Primícias (Lev 23:9-14)
No "dia seguinte ao sábado" (verso 11), isto é, no dia 16 de Nisã, era celebrada a festa das primícias (Bikurim). Neste dia os israelitas deviam apresentar no templo o primeiro produto (os primeiros molhos de espigas) da colheita. O sacerdote pegava o molho e o mexia perante o Senhor.
Esta cerimónia era um tipo da ressurreição de Cristo. Cristo é a primícia e a garantia da ressurreição dos justos no dia a volta de Jesus (Notavelmente, Mat. 27:52-53 nos informa que muitos santos ressurgiram junto com Cristo, fazendo a analogia com a festa da primícias mais completa e interessante).
Notemos como Jesus cumpriu estas festas morrendo no dia da Páscoa (14 de Nisã) e ressuscitando no dia 16 do mês, no dia das primícias.
A Festa das Semanas (Lev 23:15-21)
Cinquenta dias após a festa das primícias, celebrava-se a festa das semanas (chamado em grego Pentecostes e em hebraico Shavuot). Este dia era, na verdade uma santa convocação. Os israelitas deviam apresentar dois pães como ``oferta mexida". Simultaneamente, eram oferecidos cordeiros e bodes como sacrifício (na maior parte dos serviços e festas do santuário estão presentes os sacrifícios pois sempre a aproximação do homem a Deus se faz na base dos méritos do substituto, isto é , de Cristo).
Primariamente a festa simbolizava o agradecimento a Deus pela colheita. No Novo Testamento aparece associada ao derramamento do Espírito Santo (Actos 2). Esta relação torna-se mais interessante quando percebemos que Actos 2:1 pode ser traduzido como: “Quando o dia de Pentecostes foi cumprido" (symplerousthai) que pode ser entendido como a realização antitípica daquilo que era anunciado pela festa. Foi também nesse dia que a igreja cristã teve sua "primeira colheita'' logo do discurso de Pedro e a conversão de três mil pessoas.
Festa das Trombetas (Lev. 23:23-25)
No primeiro dia do sétimo mês (Tisri), realizava-se a Festa das Trombetas (Rosh Hashanah, ou melhor Yom Teruah). Neste dia, que era uma santa convocação, nenhum trabalho servil devia ser feito. No templo eram tocadas as trombetas (shofar). Este dia anunciava a proximidade do Juízo, o Dia da Expiação. Esta festa apontava para a proclamação do evangelho realizado pelo Movimento Adventista entre os anos 1840 e 1844.
O Dia da Expiação (Lev. 23:26-32, Lev. 16)
Durante o ano todo, os israelitas tinham ido ao santuário para oferecer sacrifícios pelos pecados e, como já vimos, segundo o princípio da transferência, o pecado era através da cerimónia transferido ao santuário ou ao sacerdócio. Portanto, fazia-se necessário efectuar uma "purificação" que eliminasse de vez o pecado. Isto realizava-se no décimo dia do sétimo mês, no chamado Dia da Expiação (Yom Kippur). Junto com Páscoa este era o dia mais importante no calendário religioso judaico. Nenhum trabalho devia ser feito nesse dia (era, pois, um Sábado cerimonial) e o povo devia afligir suas almas (Lev. 23:27) e quem não o fizese seria cortado dentre o povo (Lev 23:29). Talvez por este motivo, o Yom Kippur tem sido, tradicionalmente, visto pelo Judaísmo como o Dia do Juízo.
No dia da Expiação o Sumo Sacerdode devia vestir as roupas de sacerdote (vestes santas) e tomar um novilho para, primeiramente fazer expiação por si e pela sua casa. Também tomava do povo dois bodes sobre os quais tirava sortes: um bode seria ``para o Senhor" e o outro ``para Azazel" (sobre a origem e o significado do nome Azazel é muito pouco o que se sabe; uma hipótese - especulativa, claro - pretende que Azazel seria o antigo nome de um demónio do deserto).
O Sumo Sacerdote imolava o novilho pegava um pouco do sangue e entrava no Lugar Santíssimo levando também um incensário (isto era preciso para que ele não ficasse directamente exposto à glória de Deus). Ele deixava o incensário no chão frente à arca de tal forma que a nuvem de incenso estivesse entre ele e arca. Então com seu dedo espargia o sangue do novilho sete vezes sobre o propiciatório. Assim tinha feito expiação por si e pela sua casa.
O sumo scerdote imolava o bode "para o Senhor" (que representa a Cristo), tomava do seu sangue, entrava novamente no Lugar Santíssimo e fazia da mesma como tinha feito com o novilho. Desta forma fazia expiação pelo Lugar Santíssimo (Lev 16:16,NIV). Depois, repetia a cerimónia para fazer expiação pela Tenda da Reunião (Lugar Santo).
Uma vez feito isto, o Sumo Sacerdote, saía do Lugar Santíssimo e se dirigia ao altar ``que esta perante o Senhor" (Lev. 16:18, provavelmente seja o altar de incenso, comparar com Êxodo 30:1-10). Tomava sangue do novilho e do bode e o colocava nas pontas do altar. Depois espargia sangue sete vezes sobre o altar.
Uma vez feito isto, a expiação estava acabada (Lev. 16:20)e só então o Sumo Sacerdote tomava o bode vivo ("para Azazel"), colocando as mãos sobre a cabeça do bode, confessava sobre ele todos os pecados do povo e o bode era enviado ao deserto. Notemos que este bode não participava do processo de expiação pois esta já tinha sido feita. Talvez o salmista se referisse a esta parte da cerimonia quando escreveu, falando acerca do ímpios: ``entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles". O bode por Azazel representa Satanás e todos os ímpios que, por não ter aceito o sacrifício expiatório de Cristo devem carregar o peso e a consequência dos seus próprios pecados, sofrendo assim a eterna separação de Deus e Seu povo (o que significa em última instância, destruição eterna). No caso de Satanás, ele deve levar também sua parte de culpa nos pecados dos santos por ter sido ele o originador da rebelião e o pecado (por esta razão os pecados do povo são confessados sobre o bode para Azazel). Desta forma o Dia da Expiação ilustra a final destruição do pecado e dos ímpios.
O Dia da Expiação antitípico começou em 1844 tal como foi anunciado pelo profeta Daniel (Daniel 8:14)
Festa dos Tabernáculos (Lev. 23:33-44)
No dia quinze do sétimo mês, começava a chamada Festa dos Tabernáculos (Sukkot) e durava sete dias. No primeiro dia havia uma santa convocação. Os israelitas deviam construir tabernáculos com folhas de palmeiras e ramos de árvores para morar neles durante os sete dias da festa. No oitavo dia havia novamente uma santa convocação.
A festa lembrava o tempo que os israelitas habitaram em tendas no deserto durante a viagem até a Terra Prometida logo de serem libertos da opressão do Egipto. Por esta razão a festa se torna um tipo da nossa libertação e nossa translação à verdadeira Terra Prometida, Canaã Celestial onde finalmente habitaremos nas moradas que Jesus foi preparar para nós.

Urim e Tumim

“À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras de grande brilho. Estas eram conhecidas por Urim e Tumim. Por meio delas fazia-se saber a vontade de Deus pelo sumo sacerdote. Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita, era sinal do consentimento ou aprovação divina, ao passo que uma nuvem que ensombrava a pedra à esquerda, era prova de negação ou reprovação.” Cristo em Seu Santuário, p. 31

(Ex 28.30; Lv 8.8) Por meio do Urim e Tumim, o sumo sacerdote consultava a vontade de Deus em casos difíceis. Este processo não era aplicável a casos particulares, nem a interesses privados, e somente sobre negócios de interesse público. Por isso mesmo, o lugar do Urim e Tumim era no Racional do Juízo, onde se achavam gravados os nomes das doze tribos de Israel sobre pedras preciosas. Por meio do Urim e Tumim, se consultava a vontade de Deusa acerca de assuntos judiciais e de negócios públicos (Nm 27.21; cp. Js 9.14; Jz 1.1; 20. 18,23,27,28; 1Sm 10. 22; 14.36-42; 22.10,13; 23. 9-12; 28. 6; 30.7,8; 2Sm 2.1; 5.19, 23,24. O Urim e Tumim eram consultados, não só no onde estava a arca, Jz 20.27,28; 1Sm 22.10, como em qualquer outro lugar onde estivesse presente o pontífice devidamente autorizado. As respostas eram simples, consistindo em afirmativas ou negativas, nem sempre era este o caso, 1Sm 10.22; 2Sm 5.23,24. Ocasionalmente, também, quando o pecado havia interrompido a comunhão com Deus, não havia respostas, 1Sm 14.37; 28.6. Não se encontram referências ao Urim e Tumim, depois do reinado de Davi. Depois da volta do cativeiro, nenhum dos sacerdotes usava o Urim e Tumim, Ed 2.63; Ne 7.65. Somente o sumo sacerdote poderia gozar o privilégio de consultar o Senhor por meio do Urim e Tumim. leste privilégio constituiu a glória da tribo de Levi, Dt 33.8.

Tem havido diferentes explicações sobre o Urim e Tumim. Por exemplo: procuram descobrir analogia com as insígnias de que usava o sacerdote egípcio, quando funcionava como supremo juiz. Dizem os escritores clássicos que ele trazia um emblema suspenso ao pescoço por uma cadeia de ouro, representando a verdade, somente enquanto duravam as suas funções de juiz, que colocava sobre a pessoa a favor de quem pronunciava a sentença. Não existem provas que indiquem que tal insígnia também servisse para consultar a vontade divina. Outros são de parecer, que por ocasião de o sacerdote vestir o éfode com o Urim e Tumim e fazer oração a Deus, ocorria-lhe uma idéia, cuja origem divina se confirmava por um brilho estranho produzido pelas pedras preciosas do Racional do Juízo, ou peitoral. Deste fenômeno se originou a palavra Urim, que quer dizer luzes. Tem-se pensado que as respostas se percebiam através de um brilho sucessivo das letras que formavam os nomes próprios, gravados nas pedras; mas para nada dizer sobre o fato de que o alfabeto completo não havia produzido estes nomes, e que em várias das respostas de que há notícia, existem letras que não se encontram nas pedras, a ideia integral cheira aos milagres inventados pelos sacerdotes gregos e romanos, inteiramente estranhos aos métodos e concepções do ritual hebraico. Existem apenas duas teorias dignas de atenção.

1) O Urim e o Tumim eram um ou mais acessórios do éfode e que dele se podiam separar para serem usados à maneira de dados, e pelo modo por que caíam, revelavam a vontade de Deus. Esta é realmente uma concepção possível, mas sem provas a seu favor. Procuram firmar esta teoria, dizendo que duas vezes se faz referência ao lançamento de sortes, em íntima conexão com as consultas ao Urim e Tumim (1Sm 10. 19-22; 14.37-42). Neste último caso, Saul rogou ao Senhor que lhe desse a conhecer por meio da sorte porque é que não respondia ao seu servo. A palavra usada no original é thamim; que se pronunciava thummim. Assim sendo, o Urim e Tumim era uma espécie de sorte. Mas nas duas passagens citadas, o lançar as sortes é ato distinto de consultar o Senhor, e se realizava para propósito diferente daquele que pedia conselhos.
2) O Urim e Tumim não fazia manifestações exteriores, era antes um símbolo. O sumo sacerdote vestia o éfode com o Urim e Tumim, sinais de sua investidura para obter a luz e a verdade, como as duas palavras indicam, a fim de que pudesse buscar o conselho de Jeová da maneira por Ele indicada. Humildemente punha diante de Deus a sua petição. A resposta vinha-lhe à mente; e como tivesse feito o seu pedido de acordo com as Instruções divinas e baseada na promessa de que receberia luz e verdade, tinha-a como a expressão da vontade de Deus. A fé em Deus baseava-se na evidência das cousas não vistas. Esta interpretação do Urim e Tumim harmoniza-se com o espírito de todo o ritualismo do tabernáculo. A resposta consistia em uma iluminação interna, sem nenhum sinal exterior em paralelo com as revelações dos profetas.

Fonte: Dic. Bíblia John Davis

Bíblia Almeida de 1681 Prova a Doutrina do Santuário

Veja antes: Analisando Hebreus 9:12: Jesus entrou no Lugar Santo ou Santíssimo?

Como vimos na página anterior, 10 traduções bíblicas afirmam que Jesus entrou no lugar santo ou no santuário celeste por ocasião de sua ascenção. No entanto, a difundida tradução Almeida Revista e Atualizada afirma que Jesus já subiu direto ao “santo dos santos” no ano 31. Isso confunde a muitos, sendo um desafio a verdade de que Jesus apenas entrou no Santíssimo em 22/10/1844. Além das 10 traduções que provam que a Almeida Revista e Atualizada é uma tradução equivocada, trazemos uma edição antiga da própria, que acreditamos que encerra o assunto com chave de ouro.
O Novo Testamento Almeida Impresso na Companhia das Indias Orientais (Holanda, 1681) é uma grande prova em favor da doutrina do Santuário.Vejamos a Capa da Edição de 1691:

A Almeida Revista e Atualizada afirma afirma que Jesus entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção aos Céus:

Hebreus 9:12: não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Vejamos a Página da edição de 1681 que traz o versículo 12 do capítulo 9 de Hebreus:

Vemos que Jesus entrou no SANTUÁRIO e não no lugar santíssimo, como trazem as versões modernas.

Hebreus 10:19 da Almeida Revista e Atualizada tb traz a expressão “santo dos santos”. Na edição de 1681 é diferente:

Novamente temos a Palavra SANTUÁRIO, concordando com a doutrina de que no ano 31 Jesus entrou no Santuário e apenas em 22/10/1844 ele acessou o Lugar Santíssimo, a sala do julgamento.