O Santuário Celestial

“Ouve Tu nos Céus, lugar da Tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhes justiça” (1Rs 8:49).


Pensamento-chave: Mesmo em meio ao adultério espiritual e ao juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca vacila.

“Onde Deus habita?” A pergunta inocente de uma criança de seis anos pode ser desconcertante. Essa questão pode levar a outras questões mais difíceis, como: “Se Deus vive em um lugar, como é possível que Ele esteja em toda parte?”; “Deus precisa de um lugar de habitação?”; Ou “Se Ele não precisa, por que tem um?”; “Se Ele precisa de um, por que precisa?”

Boas perguntas e, dado o pouco que sabemos (e o muito que não sabemos), elas não são tão fáceis de responder.
No entanto, podemos responder com o que sabemos. A Bíblia diz que Deus habita nos Céus, que Ele atua intensamente em nosso favor “lá em cima” e que o centro de Sua obra está no santuário celestial.

A Bíblia é clara: o santuário celestial é um lugar real e, a partir dele, podemos aprender verdades sobre o caráter e a obra de Deus. Assim, o foco da lição desta semana é o santuário celestial e o que Deus está fazendo ali por nós, porque o que Ele está fazendo no santuário é, de fato, em nosso favor.

A habitação de Deus
Costumamos dizer que “Deus está em todo lugar”, ou que Ele é “onipresente”, o que significa que Ele está presente em todo o Universo. “Acaso, sou Deus apenas de perto [...] e não também de longe? [...] porventura, não encho Eu os céus e a Terra?” (Jr 23:23, 24). Davi entendia também que ninguém pode fugir de Deus (Sl 139). Como Paulo argumenta, Deus está perto de todos, pelo menos no sentido espiritual (At 17:27, 28).

A existência eterna de Deus é complementada pelo atributo da onipresença. Deus não tem começo nem fim (Sl 90:2). Ele sempre foi e sempre será (Jd 1:25).

1. Leia 1 Reis 8:49 e Salmo 102:19. Onde Deus habita? O que isso significa? É possível entender essa questão?

Muitas vezes as Escrituras declaram que a habitação de Deus está no Céu (1Rs 8:30, 43, 49). Isso significa que Deus está mais presente no Céu do que em outro lugar? Obviamente, de modo especial, Deus habita no Céu, em Sua gloriosa presença e santidade. No Céu, é vista a maior manifestação da presença de Deus.

Há uma diferença, porém, entre a “presença geral” de Deus e Sua “presença especial”. Deus está geralmente presente em todos os lugares. No entanto, escolhe Se revelar de modo especial no Céu e, como veremos, no santuário celestial.

Temos que admitir que somos limitados em nossa compreensão de Sua natureza física. Ele é espírito (Jo 4:24) e, como tal, não pode ser contido em nenhuma estrutura ou dimensão (1Rs 8:27). Mesmo assim, a Bíblia apresenta o Céu (Jo 14:1-3) e o santuário celestial como lugares reais (Hb 8:2), nos quais Ele pode ser visto (At 7:55, 56; Ap 4:2, 3). Temos que concluir que até mesmo o Céu e o santuário celestial são lugares nos quais Deus condescende em Se encontrar com Sua criação.

Há muitas coisas difíceis de imaginar ou entender, tais como a morada de Deus. No entanto, a Bíblia diz que essa morada é real. Como podemos aprender a confiar em tudo o que a Bíblia nos ensina, mesmo que não entendamos? Por que é importante confiar, ainda que não compreendamos?

Sala do trono
2. O que a Bíblia ensina sobre Deus e Seu trono? Sl 47:6-9; 93:1, 2; 103:19

Na Bíblia, ocorrem várias visões do trono celestial. A maioria delas retrata uma espécie de assembleia celestial, tendo Deus como Rei. Curiosamente, a maior parte delas se relaciona com assuntos humanos, geralmente apresentando Deus agindo ou falando em favor dos justos.

A Bíblia também revela Deus como soberano. Por exemplo, a realeza do Senhor é um tema recorrente nos Salmos. Deus não é somente Rei no Céu, mas também “Rei de toda a Terra” (Sl 47:7), e não apenas no futuro, mas aqui e agora (Sl 93:2).
O fato de que o trono de Deus esteja no Céu tem vários desdobramentos. Um deles é que Ele é independente e superior ao Universo.

3. Quais são as características do caráter e do governo de Deus? Sl 89:14; 97:2

O governo de Deus abrange retidão e justiça, bem como amor e verdade. Essas qualidades morais descrevem Sua maneira de agir no mundo e ressaltam Sua posição em todo o Universo. Deus deseja que essas qualidades, que compõem Seu governo, se manifestem na vida de Seu povo (Mq 6:8; Is 59:14). É nosso sagrado privilégio fazer isso.

“Assim como, em obediência às leis naturais, a Terra deve produzir seus tesouros, da mesma forma, em obediência à Sua lei moral o coração do povo deveria refletir os atributos de Seu caráter” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 144).

Cristo, sendo Deus, assumiu nossa humanidade e morreu como nosso Substituto, isto é, todos os erros que cometemos e pelos quais deveríamos ser punidos, caíram sobre Ele. O que significa essa verdade? Por que ela deve motivar tudo o que fazemos?

Adoração no Céu
4. Leia Apocalipse 4 e 5. O que esses dois capítulos nos ensinam sobre a morada celestial de Deus? De que maneira o plano da salvação é revelado nesses textos?

A visão da sala do trono celestial é uma visão do santuário celestial. Isso se torna evidente a partir da linguagem relacionada ao sistema religioso hebraico. Por exemplo, as palavras traduzidas como porta e trombeta em Apocalipse 4:1 aparecem muitas vezes na Septuaginta (antiga tradução grega do Antigo Testamento), em referência ao santuário. As três pedras preciosas em Apocalipse 4:3 fazem parte do peitoral do sumo sacerdote. Os sete candeeiros lembram os castiçais do templo de Salomão. Os vinte e quatro anciãos lembram as 24 divisões de serviço para os sacerdotes do templo durante o ano e sua oferta de oração nas taças de ouro cheias de “incenso” (Sl 141:2). Todos esses versos apontam para o serviço de adoração do Antigo Testamento, centralizado no santuário terrestre.

Finalmente, o Cordeiro morto de Apocalipse 5 aponta para a morte sacrifical de Jesus. Cristo, o Cordeiro, é o único mediador da salvação divina e é considerado digno por causa de Seu triunfo (Ap 5:5), Seu sacrifício (Ap 5:9, 12), e Sua divindade (Ap 5:13).
“Cristo tomou sobre Si a natureza humana e depôs Sua vida como sacrifício, para que o homem, tornando-se participante da natureza divina, pudesse ter vida eterna” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 141).

Nesses dois capítulos, centralizados no trono de Deus, vemos uma representação da obra de Deus para a salvação da humanidade. Podemos ver, também, que essa obra foi revelada diante dos outros seres inteligentes do Céu, um tema-chave no assunto do grande conflito.

Sala do tribunal
5. Leia o Salmo 11:4-7 e Habacuque 2:20. O que mais Deus faz em Seu templo celestial? Por que é importante saber a respeito disso?

Muitos salmos revelam que o Senhor não é indiferente às necessidades dos justos nem às injustiças que eles enfrentam. Ele reage às questões que clamam por reparação, e “[justificará] ao justo e [condenará] ao culpado” (Dt 25:1), à semelhança do que faz todo bom juiz.

Quando Deus julga, a sala do trono se torna uma sala de julgamento, e o trono celestial, um tribunal. Aquele que está entronizado é o juiz (Sl 9:4-8), um conceito conhecido no antigo Oriente Médio, onde os reis muitas vezes atuavam como juízes.

O juízo divino envolve tanto ímpios quanto justos. Enquanto os ímpios receberão punição semelhante à de Sodoma e Gomorra, “os retos Lhe contemplarão a face” (Sl 11:6, 7). A combinação clássica da sala do trono e o juízo aparece em Daniel 7:9-14 (uma passagem significativa que estudaremos posteriormente). Mais uma vez, o juízo consiste em duas vertentes: veredito de justificação dos santos e sentença de condenação para os inimigos de Deus.

Depois que Habacuque perguntou a Deus por que Ele estava em silêncio a respeito da injustiça (Hc 1), Ele respondeu que certamente julgará (Hc 2:1-5). Enquanto os ídolos não têm “fôlego” nem “espírito” (Hc 2:19), o Deus criador está entronizado em Seu templo, o santuário celestial, e está pronto para julgar.

O apelo profético é: “Cale-se diante d´Ele toda a Terra” (Hc 2:20). A atitude adequada para com o governo e julgamento de Deus é reverência e silêncio respeitoso.

O lugar em que Deus revela Sua presença especial e recebe a adoração dos seres celestiais é o mesmo lugar em que Ele realiza julgamento justo para com todos os seres humanos: o santuário no Céu. Deus é justo, e todas as nossas perguntas sobre justiça serão respondidas no tempo dEle, não no nosso.

Lugar de salvação
6. Leia Hebreus 8:1, 2. O que Cristo está fazendo junto ao trono de Deus?

O livro de Hebreus ensina que Cristo está ministrando no santuário celestial como nosso Sumo Sacerdote. Ali, Sua obra está focalizada em nossa salvação, porque Ele “[comparece], agora, por nós, na presença de Deus” (Hb 9:24). Ele simpatiza conosco, dando-nos certeza de que não seremos rejeitados, mas, em vez disso, receberemos misericórdia e graça (Hb 4:15, 16) por causa do que Jesus fez por nós. Como ocorria no santuário terrestre, o santuário celestial é o local em que é feita a “propiciação” (expiação ou reconciliação) pelos pecados dos crentes (Hb 2:17). O Jesus que morreu por nós é o mesmo que ministra no Céu em nosso favor.

7. Leia Apocalipse 1:12-20; 8:2-6; 11:19 e 15:5-8. Que símbolos do santuário aparecem nessas passagens?

Os versos do estudo de hoje são apenas alguns dos textos do Apocalipse em que aparecem símbolos do santuário. Na verdade, a maioria das principais seções do livro contém ou começa com uma cena do santuário.

A primeira cena introdutória mostra Cristo, vestido como Sumo Sacerdote, andando entre os sete candeeiros (Ap 1:12-20). A segunda mostra a sala do trono celestial, e os versos revelam uma grande variedade de imagens do santuário: trono, tochas de fogo, mar, Cordeiro que foi morto, sangue, taças de ouro cheias de incenso (Ap 4; 5). A terceira cena se refere ao serviço contínuo de intercessão no contexto do primeiro compartimento do santuário celestial (Ap 8:2-6). A quarta cena, central, nos dá um vislumbre da arca da aliança no segundo compartimento (Ap 11:19). A quinta cena revela todo o tabernáculo no Céu (Ap 15:5-8). A sexta cena é única, no sentido de que não contém referências explícitas ao santuário, talvez para ilustrar que a obra de Cristo ali está concluída (Ap 19:1-10). A cena final trata da gloriosa cidade santa na Terra, retratada como o tabernáculo que “descia do Céu” (Ap 21:1-8).

Um estudo cuidadoso dessas cenas revela que elas estão interligadas, mostrando uma progressão interna na salvação realizada por Deus: Cristo na Terra, Seu ministério celestial no primeiro e segundo compartimentos, o fim de Seu ministério como Sumo Sacerdote e, finalmente, o tabernáculo da Nova Terra.

Estudo adicional
“Paulo teve uma visão do Céu e, ao falar sobre as glórias dali, a melhor coisa que podia fazer era não tentar descrevê-las. Ele nos disse que os olhos não viram e os ouvidos não ouviram, nem penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Você pode chegar aos limites da sua imaginação e aplicar suas maiores habilidades para compreender e considerar o peso eterno de glória e, no entanto, seus sentidos finitos, fracos e cansados com o esforço, não podem alcançá-lo, pois há um infinito para além. Será necessária toda a eternidade para desdobrar as glórias e revelar os preciosos tesouros da Palavra de Deus” (Ellen G. White, SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1107).


“A morada do Rei dos reis, em que milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão em pé diante dEle (Dn 7:10), sim, aquele templo, repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus resplandecentes guardas, velam a face em adoração – não poderia encontrar na estrutura mais magnificente que hajam erigido as mãos humanas, senão pálido reflexo de sua imensidade e glória. Contudo, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali levada a efeito pela redenção do homem, eram ensinadas pelo santuário terrestre e seu culto” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 414).

Qual o significado dos bodes do dia da expiação? 17.09.2013

Por que no dia da expiação, Jesus era representado por um bode e não por um carneiro?
Como explicar o surgimento de todas as raças existentes hoje?
A diversidade de idiomas surgiu antes da Torre de Babel?
Existe o batismo do Espirito Santo?
Qual é o verdadeiro batismo? O batismo deve ser feito em nome de quem?
Apenas quem já é batizado pode participar da Santa Ceia?
Por que Deus não responde as minhas orações?
O rebatismo é citado na Bíblia?

Como os Judeus Recebem o Sábado

O Kabbalat Shabbat


Recebendo a Rainha Shabbat e o Seu Rei Celestial
Rosh Sérgio Monteiro


A criança desperta com um cheiro agradável que toma conta de todos os recintos da casa. É o cheiro doce que brota do forno, de onde uma fornada de uma deliciosa challah está a ponto de sair. É o um odor marcante que aviva em sua mente a lembrança de que se aproxima um dia especial, o dia de Deus. Ela sabe que aquele pão especial somente pode ser preparado na véspera do Shabbat, comemorando a provisão dupla de maná que o Eterno dava a Seu Povo no Deserto. E por isto ela se levanta bendizendo ao Eterno!
É assim que começa o dia da preparação em uma família judia. Com um marcante cheiro que não é sentido em nenhum momento durante a semana. De fato, este dia é marcado por atividades que não comuns a nenhum outro dia, pois ele é o último passo na escada do tempo antes da chegada da Rainha da Semana: o Shabbat ou o Sábado. (Shabbat em hebraico é feminino.)
Os eventos deste dia de preparação culminam no momento mais importante da semana, o Kabbalat Shabbat, ou a Recepção do Sábado, o nosso conhecido pôr-do-sol. Este momento é esperado com alegria pela família, pois todos se reunirão para receber as bênçãos do Sábado e agradecer ao Eterno por este “templo no tempo” no qual nos encontramos com Ele. Cada membro da família se prepara com esmero e emoção, anseio e antecipação pelo Sábado que irão receber.
Dezoito minutos antes do pôr-do-sol, a mãe, havendo terminado bem cedo a preparação da casa, de seus filhos e de si mesma, posta-se diante de duas velas, cobre sua cabeça e as acende. Com este gesto, ela traz a sua casa à lembrança das duas ordens de Deus em relação ao Sábado: “Lembra” (Ex. 20:8) e “Guarda” (Deut. 5:12). Trazem também luz, alegria e júbilo a cada casa neste mundo de trevas. Após acender as velas, a mãe recita a seguinte bênção:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner shel Shabat côdesh.
Bendito sejas Tu Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificates com Teus Mandamentos e nos ordenou acender as luzes do Santo Shabbat.
O Sábado começou nesta casa! Começou trazendo a santidade e a alegria deste dia do Eterno. Uma alegria que perdurará até o final dele e além, para a próxima semana, com seus dias e trabalhos. Seguem-se agora leituras de Salmos e cânticos em louvor ao Eterno Deus pelas bênçãos da semana que passou e pela que virá. Cada criança receberá uma bênção especial, dispensada por seu pai, apenas naquela noite.
É por isto que o Shabbat é esperado com alegria em nossas casas. E esta alegria é ainda maior, pois recebemos o Shabbat com a certeza de que o nosso Amado Salvador Yeshua participa conosco de toda a celebração do Kabbalat Shabbat e permanece como O Convidado de Honra durante todo o dia, trazendo a Sua Luz e Sua Paz sobre nosso lar e nossa família!
Shabbat Shalom!

Exames no sábado: problema ou oportunidade?



Rebeca S. Diez
Diálogo,
9(3), 32-33.


Central da Venezuela — a de maior prestígio em meu país
— estava apreensiva, como a maioria dos estudantes adventistas, que
eu teria de enfrentar o problema de exames no sábado. No começo
de cada semestre orava fervorosamente que Deus interviesse de modo que,
se fosse Sua vontade, não houvesse tal exame. Mas aquele dia finalmente
chegou.

Quando comecei meu estudo de física na Universidade

Durante o segundo semestre de meu segundo ano, matriculei-me
em Matemática III e Mecânica I. No primeiro dia de aulas,
o professor de matemática anunciou que, a fim de aliviar a pressão
associada com exames, ele planejava marcá-los para o sábado.
Minha mente disparou: “Devia pedir uma exceção naquele
momento ou devia abordar o professor no final da aula? Que faria se ele
rejeitasse meu pedido de um horário diferente? Por que permitia
Deus que isso me acontecesse?”


Decidi abordá-lo em particular no final da aula.
Expliquei-lhe as razões para meu pedido e, para meu grande alívio,
ele me disse que me ajudaria mudando o horário dos exames para
quarta-feira. Senti-me tão grata!


Na classe de Mecânica I tive ocasião de
granjear a amizade de vários colegas e de partilhar com eles minha
fé e esperança cristãs. Além disso, fiz bom
conhecimento com o professor ao partilharmos nosso interesse comum em
vegetarianismo e na língua alemã. Durante um período
de recreio, enquanto conversávamos informalmente no corredor, ele
perguntou-me se eu praticava meditação. Respondi afirmativamente,
dizendo que cada dia eu falava com Deus em oração e meditava
sobre Sua palavra. Ao voltarmos para a classe, ele falou brevemente sobre
os benefícios da meditação e acrescentou: “Há
muitos que dizem que crêem em Deus, mas não seguem Seu caminho.
Para realmente seguir o caminho de Deus, é necessário devoção
total”.


Eu queria falar mais claramente com esse professor
sobre minha fé, porque sentia que ele era um indagador sincero,
mas não achei oportunidade de fazê-lo. Mais perto do fim
do semestre, li no quadro de anúncios que o exame final de Mecânica
I ia cair no sábado. Embora apreensiva, senti que Deus me estava
dando uma oportunidade de testemunhar a esse professor.


No final de uma das aulas, expliquei ao professor que
eu não podia fazer o exame na data marcada. Ele queria saber se
meu pedido tinha que ver só com aquele sábado em particular
ou com qualquer outro sábado. Ouvindo minha resposta afirmativa,
ele indagou se isso também se aplicava à sexta-feira à
noite. Senti que ele suspeitava que atrás de meu pedido havia convicções
religiosas. O professor disse que veria o que podia fazer para me ajudar.
Naquela noite orei a Deus: “Senhor, estou pronta a testemunhar a
este professor, mas deves dar-me a oportunidade!” Na manhã
seguinte, depois da aula, o professor queria confirmar se minha decisão
de fazer o pedido para uma data diferente para o exame final, era definitiva.
Respondi que era, “mesmo minha vida estava em jogo”.


“Você não está exagerando?”
perguntou o professor, intrigado. Isto deu-me a oportunidade de citar
suas próprias palavras à classe, quando disse que para realmente
seguir o caminho de Deus, era preciso devoção total. Expliquei
que cada sábado eu tinha um encontro pessoal com Deus e que isso
era uma prioridade em minha vida. Orando silenciosamente, também
lhe dei um esboço breve do fundamento bíblico de minhas
convicções e falei-lhe da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, da qual era membro.


O professor anunciou à classe de Mecânica
I que um dos estudantes não podia fazer o exame final na data marcada
por motivos de consciência. Disse que se todos os 33 estudantes
assinassem um pedido formal, ele o levaria ao Escritório de Coordenação
de Estudos e tentaria mudar a data. Isto foi precisamente o que aconteceu.
Que alívio e que alegria!


Baseando-nos nessas conversações e contatos
amistosos que o professor tinha tido com outros estudantes adventistas,
nós o convidamos a assistir a uma preleção sobre
nutrição apresentada por um médico adventista e patrocinada
pelo Grupo de Estudantes Adventistas na Universidade Central da Venezuela.*
Ele ficou bem impressionado, e continuamos a orar por ele. Mas isto foi
apenas o começo…


Como resultado desses incidentes, todos meus colegas
na classe de Mecânica I ficaram sabendo da Igreja Adventista do
Sétimo Dia, cujos membros se deleitam em adorar a Deus no sétimo
dia, e sobre as vantagens de um estilo de vida saudável, baseado
nas instruções de Deus. Eles espalharam a notícia
através da Escola de Ciências e logo começamos a ver
os resultados maravilhosos de nosso testemunho e nossas orações.


Pela graça de Deus, dois de meus colegas em
Mecânica II começaram a estudar a Bíblia conosco e
mais tarde uniram-se à Igreja Adventista mediante o batismo. Um
deles foi Javier, agora meu noivo, e o outro, João. Um outro estudante,
Eduardo, pensa em dar o mesmo passo. Três outros estudantes que
não estavam tomando os cursos de Mecânica I e II, foram também
batizados. Vários membros do Grupo de Estudantes Adventistas estão
agora dando estudos bíblicos a cerca de vinte moços e moças,
a maioria deles colegas universitários. Confiamos na promessa da
Bíblia: “Lança o teu pão sobre as águas,
porque depois de muitos dias o acharás”. Eclesiastes 11:1.


E não sou a única adventista na Escola
de Cíências — agora somos um grupo dinâmico!


Alguns leitores podem pensar: “Ela teve sorte
e agora tudo é fácil para ela e para seus colegas adventistas
na universidade”. Não creiam um só momento que nossa
provação findou. Deus sabe porquê. Este ano, de novo,
tenho exames marcados para o sábado. Felizmente João e eu
somos estudantes na mesma classe e juntos abordamos o professor. Ele disse
que conhecia colegas na profissão que são adventistas e
que para eles o sábado é um dia especial, de pôr-de-sol
a pôr-de-sol. Além disso, contou-nos que no ano passado outro
estudante adventista em seu curso decidiu sair da classe porque os exames
foram marcados para o sábado. Somos tão gratos por sua fidelidade
a suas convicções! Posso imaginar a reação
desse professor se tivesse visto incoerência entre estudantes adventistas.


Conheço também um estudante adventista
que faz um curso de gerência em minha universidade, que teve de
matricular-se no mesmo curso sete vezes sucessivas porque os exames eram
sempre marcados para o sábado e ele sempre se recusava a fazê-los
naquele dia especial. Visto que não podia ter a data mudada, de
um ponto de vista humano ele “desperdiçou” dois anos
e meio. Mas Deus sabe do resultado final. Muitos professores e estudantes
souberam da lealdade de meu amigo à sua fé. Creio que seu
testemunho pode ser usado pelo Espírito Santo para despertar a
consciência de outros e levá-los à verdade de Deus.
Aquilo que é um “desperdício” e derrota aparente
pode tornar-se uma vitória e um ganho eterno. “Quem sai andando
e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo
seus feixes”. Salmo 126:6.


A partir de minha própria experiência,
quero fazer um apelo pessoal a estudantes universitários adventistas
em toda parte. Não ore para que Deus o livre de enfrentar aulas
ou exames no sábado. Antes peça-Lhe que lhe dê sabedoria
e força para enfrentar o desafio e tornar-se uma testemunha fiel.
O que parece ser um problema em seus estudos pode ser uma oportunidade
que Deus lhe apresenta para partilhar sua fé com seus professores
e colegas. Por que “como invocarão Aquele em quem não
creram? e como crerão nAquele de quem nada ouviram? e como ouvirão,
se não há quem pregue”? Romanos 10:14.


O destino eterno de muitos estudantes e professores
em campi universitários em toda parte pende na balança.
Seu próximo exame marcado para um sábado e sua lealdade
e tato bem podem ser os fatores que lhes darão uma chance de conhecer
a Deus, aceitar Sua graça que salva, e unir-se à sua família
na Terra.


(*) O Grupo de Estudantes Adventistas da Universidade
Central da Venezuela envolve estudantes adventistas em apoio mútuo
e em ação evangelística. Apreciamos contato com estudantes
adventistas de outros campi e de outras associações de estudantes
adventistas. Podem comunicar-se conosco em espanhol, inglês, alemão
ou português. Escrevam para mim ou para Javier Escobar, um dos oficiais
do Grupo, no endereço postal seguinte: Apartado 47-797; Caracas,
1064-A; Venezuela. Podem também comunicar-se conosco via E-mail:
jgarcia@strix.ucv.ciens.ve; jescobar@strix.uvc.ciens.ve; ou rdiez@strix.ucv.ciens.ve.

ints de Queijo Branco - Receita Israelita

Faltam apenas alguns dias para Shavuot, você deve ter percebido pela contagem do Ômer, não é mesmo?
Pois nessa época do ano é costume consumir alimentos a base de leite, já que a Torah é comparada ao leite materno (completo!) e Shavuot comemora a outorga da Torah, além da colheita dos primeiros frutos da terra e a descida do Espírito Santo sobre os discípulos em Jerusalém.
Experimente esta saborosa receita conosco e Feliz Festa de Shavuot!!
 
Ingredientes:
1 e ½ xícara de água ou leite
¾ xícara de farinha
½ colherinha de sal
3 ovos
Recheio:
2 colheres de creme de leite azêdo
2 colheres de açúcar
400 gramas de queijo branco
2 colherinhas de sal
2 gemas
Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Unte uma frigideira com um pouco de manteiga e aqueça. Adicione uma pequena porção da massa utilizando uma concha. Observe a superfície da massa que deverá perder o brilho e as laterais que ficarão levemente douradas: é hora de retirar a massa da frigideira. Repita o processo até acabar. Coloque os discos de massa num prato, o lado torrado para cima, e despeje uma colher do recheio. Enrole e feche em forma de envelope e acomode num pirex. Leve ao forno moderado e sirva quente com um creme de sua preferência.
Recheio:
Misturar bem todos os ingredientes indicados.

A Verdade do Santuário uma Introdução

Escrevendo sobre o que devia ser realizado antes da vinda do Senhor, pela Igreja Adventista do Sétimo Dia que despontava, Ellen G. White disse em 1883: {CS 7.1}
“O espírito dos crentes devia se dirigido ao santuário celeste, aonde Cristo entrara para fazer expiação por Seu povo.” — Mensagens Escolhidas 1:67. {CS 7.2}
Numa situação de crise em 1906, quando vários dos ensinos básicos dos adventistas do sétimo dia estavam sendo ameaçados, ela escreveu: {CS 7.3}
“A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé.” — Evangelismo, 221. {CS 7.4}
O fim dos 2300 dias
Entre as profecias que formam a base do despertamento do movimento adventista na primeira década dos anos 1830 e 1840 estava a de Daniel 8:14: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Ellen White, que passou pela experiência, esclarece com respeito à aplicação desta profecia: {CS 7.5}
“Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia, e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844.” — O Grande Conflito, 408. {CS 8.1}
Este período profético chegou ao fim em 22 de Outubro de 1844. Para os que esperavam encontrar o Senhor nesse dia, o desapontamento foi grande. Hirão Edson, um criterioso estudioso da Bíblia na parte média do Estado de Nova Iorque, descreve o que aconteceu entre o grupo de crentes de que ele era parte: {CS 8.2}
“Nossas expectações haviam-se elevado alto, e assim aguardávamos a vinda de nosso Senhor, até que o relógio soou as doze horas da meia-noite. O dia havia-se passado então, e nosso desapontamento havia-se tornado uma certeza. Nossas mais fundas esperanças e expectações foram derruídas, e sobre nós veio tal espírito de pranto como jamais havíamos experimentado antes. Parecia que a perda de todos os amigos terrestres não podia ter comparação. Choramos e choramos, até que o dia raiou. ... {CS 8.3}
“Ponderando em meu coração, eu disse a mim mesmo: ‘Minha experiência do advento tem sido a mais bela de toda a minha experiência cristã. ... Falhou a Bíblia? Não há Deus, nem Céu, nem cidade dourada e nem