YOM KIPPUR - DIA DA EXPIAÇÃO.

O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. No NT, Paulo aos Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação (ver Heb 9:6-10:18).
(1) O fato de que os sacrifícios do AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, CRISTO viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado (cf. Hb 9.28; 10.10-18).
(2) Os dois bodes representam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por CRISTO. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de CRISTO pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados (Rm 3.24-26; Hb 9.11, 12, 24-26).

A Grande Cerimónia.
Lv 16:1-34 traz a descrição dos eventos que ocorriam no Dia da Expiação, que era o encerramento do calendário judaico, e a ocasião na qual se realizava uma “purificação” do santuário (v. 19).

O v. 5 declara que os dois bodes seriam tomados para servirem de oferta pelo pecado, porém os vv. 7-9 mostram que era feito um “sorteio” (heb. GOWRAL) para saber qual seria o bode que realmente seria utilizado no serviço de expiação. O v. 5 diz que os dois eram, inicialmente, tomados como oferta pelo pecado (heb. CHATTAAH), porque ainda não havia sido realizado o sorteio; por isso, a princípio, os dois eram apresentados como podendo ser o animal da oferta pelo pecado.

Os vv. 9-10 descrevem claramente que havia uma visível diferença na participação dos dois bodes, pois apenas um era oferecido como oferta, enquanto que o outro (o chamado AZAZEL, ou “bode emissário”) deveria ser levado ao deserto, para morrer por lá, sem ter seu sangue derramado no serviço do Dia da Expiação, no santuário. Ora, o próprio livro de Levítico esclarece que apenas pelo sangue se poderia fazer a expiação pelos pecados (17:10-12), por isso não se pode afirmar, com base bíblica, que o bode AZAZEL também seria um tipo de Cristo, pois o seu sangue não era derramado (cf. Hb 9:22).

Para deixar mais claro ainda, temos a límpida declaração do v. 20, que diz que apenas após ter “acabado” (heb. KALAH) o serviço da expiação pelos pecados, é que o bode vivo deveria ser trazido, ou seja, é evidente que ele não participava em nenhum momento da cerimónia de expiação.
Portanto, não é correto dizer que os Adventistas fazem de satanás um co-participante no plano de redenção, tomando-se como base para tão absurda declaração o nosso ensinamento sobre a figura de AZAZEL ser um símbolo de satanás, pois a Bíblia é bastante clara em afirmar que ele levará sobre os seus ombros o peso de ter sido o mentor da destruição da raça humana, através do pecado (cf. Ap 20:1-10; 12:9-12; Lc 13:16; At 5:3; etc.).

Dos dois bodes, como vimos, apenas um tinha parte no plano da redenção esboçado no serviço do santuário – e este era aquele que derramava o seu sangue, prefigurando ao sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário.


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