O SANTUÁRIO NO LIVRO AO HEBREUS

O título nos manuscritos gregos mais antigos é simplesmente "Prós Hebráious" (Aos Hebreus). Este título é particularmente apropriado, já que o livro trata principalmente do significado do santuário e os serviços, temas que sem dúvida devem ter sido de especial significado para os primitivos cristãos de origem Hebreia ou judia. A paternidade literária do livro aos Hebreus foi motivo de debates desde os primeiros tempos. Muitos atribuíam o livro a Paulo, mas outros opunham-se intensamente a esta opinião. Orígenes, pai da igreja que escreveu a começos do século III, concluía o seu exame do livro com esta declaração: "Quem o tenha escrito é só conhecido por Deus" (chamado por Eusébio, História eclesiástica vi, 25, 14). Outros pais pensavam que o autor pode ter sido Barnabé, Apolo, Clemente ou Lucas.
Esta incerteza quanto à paternidade literária da Epístola aos Hebreus foi um factor importante na relutância de muitos antigos cristãos do ocidente do Império Romano para aceitá-lo como canónico.

O SANTUÁRIO NO LIVRO DE LEVÍTICO

O livro de Levítico recebeu este nome porque trata principalmente do sacerdócio, ofício que pertencia à tribo do Leví. O Talmud chamou-lhe "A lei dos sacerdotes", ou "A lei do sacrifício". O subtítulo, "Terceiro livro de Moisés", não formava parte do texto original hebreu, mas foi agregado séculos mais tarde. Não pode haver dúvida de que Moisés, é o autor Pentateuco, os primeiros cinco livros da Bíblia. Dos tempos mais antigos, tanto judeus como cristãos acreditaram que Levítico foi escrito por Moisés, e só em tempos modernos se levantaram dúvidas em relação ao autor.
O livro é uma parte integrante do que Jesus chamou "a lei de Moisés" (Luc. 24:44). O relato do Êxodo termina com a narração da construção do tabernáculo, e a preparação para sua dedicação. Posto que o livro que segue a Levítico, é o livro de Números, começa com o primeiro dia do segundo mês do segundo ano (Núm. 1:1), o intervalo é exatamente de um mês. Nesse mês Deus comunicou a Moisés as instruções contidas em Levítico, e nesse mesmo mês os acontecimentos registados no livro. O livro Levítico trata principalmente do sacerdócio e os serviços do santuário. Não contém toda a instrução que Deus tinha para Israel sobre estes temas, pois é reservada muita informação importante para o livro de Números. Entretanto, a maioria dos princípios fundamentais do culto são esboçados no livro de Levítico. Isto faz que seja importante e digno de um estudo especial. Os princípios da transferência do pecado, da mediação, a

O MONTE SINAI E O SANTUÁRIO

A questão de quem é o autor do livro de Êxodo está estreitamente relacionada com a de todos os livros do Pentateuco, Génesis em particular, do qual é a continuação. O livro do Êxodo é muito importante no problema de identificar o autor do Pentateuco, dado que alguns de suas declarações designam a Moisés como o autor de partes específicas dele.
O uso de muitas palavras egípcias e a descrição exacta da vida e os costumes egípcios que aparecem na primeira parte do livro sugerem com muita ênfase que o autor tinha sido educado no Egito e estava intimamente relacionado com o país e a sua cultura. Nenhum outro hebreu conhecido depois do tempo de José esteve capacitado para escrever o relato do Êxodo. Só Moisés parece ter sido "ensinado ... em toda a sabedoria dos egípcios". Entretanto, a evidência mais firme de que Moisés é o autor encontra-se no Novo Testamento. Em Marcos 12:26, Cristo refere: "o livro de Moisés".

O ESBOÇO DO SANTUÁRIO NO LIVRO DO GÉNESIS

Os judeus designam o livro de Génesis segundo a primeira palavra do texto hebreu, Bereshith no princípio. Entretanto, o Talmud judeu chama-lhe o "Livro da criação do mundo". O nome Génesis significa "origem" ou "fonte", foi tirado da LXX onde este termo foi usado pela primeira vez, para indicar o conteúdo do livro.
Judeus e cristãos por igual consideraram Moisés, o grande legislador e dirigente dos hebreus durante o êxodo, como o autor do livro. Esta convicção foi disputada algumas vezes por opositores pagãos no período inicial do cristianismo, mas nunca foi posta em dúvida seriamente por nenhum cristão nem judeu até meados do século XVIII. Há mais de dois séculos, puseram-se em duvida crenças e opiniões tradicionais em todo aspecto do pensamento humano.
Não é o propósito desta introdução refutar as muitas pretensões da alta crítica formuladas para sustentar