“Ouve então nos céus, assento da tua
habitação, a sua oração e a sua súplica, e faze-lhes justiça.” I Reis 8:49
INTRODUÇÃO:
Conta-se a história de uma menina que vivia numa grande cidade. Com todas
aquelas luzes da cidade, ela nunca teve a oportunidade de ver as estrelas.
Certo verão a sua mãe levou-a para passar as férias no campo. Durante a noite,
após o pôr-do-sol, as estrelas brilhavam como diamantes no céu. A menininha
olhou para cima espantada, e ficou encantada com a beleza daquele céu cheio de
estrelas. Então, exclamou: Ah, mamãe, se o céu é tão bonito do lado avesso, que
maravilha deve ser do lado certo!
E é verdade! A bíblia mostra a beleza de como é o céu e de
como será a eternidade. A bíblia está cheia de detalhes sobre a Nova Jerusalém.
Mas, algumas pessoas não acreditam no céu. Há ainda outros que dizem
que o céu não é um lugar real, mas um estado de espírito. Deus quer que nós saibamos como é o céu, para que desejemos estar lá. O céu não é um lugar secreto, que Deus está escondendo de nós, antes Ele o revelou com detalhes.
que o céu não é um lugar real, mas um estado de espírito. Deus quer que nós saibamos como é o céu, para que desejemos estar lá. O céu não é um lugar secreto, que Deus está escondendo de nós, antes Ele o revelou com detalhes.
Durante este trimestre, vamos estudar sobre o santuário
celestial e os os aspectos que indicam nossa situação num tempo de juízo
divino, onde os nomes dos falsos crentes são retirados do Livro da Vida e os
crentes justificados pelo sangue do Cordeiro são ratificados nos registros do
Céu.
Segundo o Comentário Bíblico Adventista, no livro da vida
“são registrados os nomes de todos os que professam ser filhos de Deus. Os que
se afastam de Deus, e que em virtude de sua relutância em abandonar o pecado se
tornam endurecidos contra a influência do Espírito Santo, terão seus nomes
apagados do livro da vida, e serão destruídos”. – SDABC, vol. 1, pág. 668.
A igreja Adventista do 7º Dia defende duas doutrinas
diferentes de quase todas as outras
igrejas;
a) O 4º mandamento, que requer a santificação do sábado e
b) A compreensão correta do estado do ser humano na morte,
que é de inconsciência.
Mas há uma doutrina que é seguida somente pelos
Adventistas do 7º Dia; é a existência do santuário celestial, onde está a
habitação de Deus.
Seguem alguns textos que falam do lugar celestial que Deus
preparou para aqueles que O amam:
“Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso
também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes
preparou uma cidade.” Hebreus 11:16.
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos
o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Filipenses 3:20
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se
desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna,
nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos
revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados
vestidos e não nus. Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos
angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal
seja absorvido pela vida.” II Coríntios 5:1-4
O céu é real? Algumas pessoas dizem que o céu é apenas um
lugar imaginário. Enquanto pensam nesse lugar cheio de fantasias, os problemas
ficam mais fáceis de serem resolvidos. O Céu é com certeza um lugar real. A Bíblia
nos diz que o céu é o trono de Deus. Ver Isaías 66:1, Atos 7:48-49 e Mateus
5:34-35. Depois da ressurreição e aparição de Jesus, na terra aos Seus
discípulos, Ele: “…foi recebido no céu e assentou-se à dextra de Deus.” Marcos
16:19, Atos 7:55-56. “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos,
figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós,
diante de Deus.” Hebreus 9:24. Jesus não só foi adiante de nós, entrando em
nosso favor, mas Ele está vivo e tem um ministério atual no céu, servindo como
nosso sumo-sacerdote, no verdadeiro tabernáculo feito por Deus. Ver Hebreus
6:19-20; 8:1-2.
Jesus disse que há muitas moradas na casa de Deus e que Ele
foi preparar um lugar para nós. Temos a garantia da Sua palavra que um dia Ele voltará,
à terra, para nos levar com Ele de volta ao céu. Ver João 14:1-4. Nossa crença
em um lar eterno, no céu, é baseada em uma promessa explícita de Jesus. O céu
com certeza é um lugar real. O céu realmente existe!
A HABITAÇÃO DE DEUS
- Onde está a habitação de Deus? A bíblia menciona que Deus mora nos céus, como
vemos em vários textos: “Pois olhou desde o alto do seu santuário, desde os
céus o Senhor contemplou a terra.” Salmos 102:19
“Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra o
escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do
meu descanso? Isaías 66:1
Salomão orou na dedicação do templo: “Ouve, pois, a súplica
do teu servo, e do teu povo Israel, quando orarem neste lugar; também ouve tu
no lugar da tua habitação nos céus; ouve também, e perdoa.” I Reis 8:30
Paulo em uma visão que teve disse: “Conheço um homem em
Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei;
Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no
corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e
ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.” II Coríntios
12:2-4.
Paulo a exortar os Filipenses exclamou: “Mas a nossa cidade
está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
Filipenses 3:20.
Se a habitação oficial de Deus está nos céus, como explicar
que Ele também habita com o contrito e humilde de espírito? “Porque assim diz o
Alto, o Sublime, que habita na eternidade, o qual tem o nome de Santo: habito
no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito,
para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos.”
Isaías 57:15
Deus habita no alto e sublime trono, nos céus; longe da
terra, do pecado e da contaminação. O Seu nome é Santo porque está separado de
todo mal e não pode tolerar o pecado. Mas Ele habita no coração do contrito de
espírito. Contrito é o arrependido; é aquele que sente pesar pelos pecados
cometidos. Ele habita no coração do abatido de espírito. Abatido é o
desanimado, o ferido e quebrantado; física e moralmente. Deus tem prazer em
habitar com aqueles que sofrem, porque Ele sabe o que é o sofrimento: “Era
desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que
é padecer.” Isaías 53:3
“Foi para isso que Ele sofreu todas as coisas e em tudo se
tornasse como seus irmãos para ser misericordioso e fiel Sumo-sacerdote nas
cousas referentes a Deus e para fazer a propiciação pelos nossos pecados. Pois
naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado é poderoso para socorrer os
que são tentados.” Hebreus 2:17 e 18
Hoje Deus faz moradas na humanidade através do Espírito
Santo. Qual é o papel do Espírito Santo em nossas vidas? De todos os presentes
que Deus tem dado à humanidade, não há um maior do que a presença do Espírito
Santo. O Espírito tem muitas funções, papéis e atividades. 1) Ele trabalha nos
corações de todas as pessoas e em todos lugares. Jesus disse aos Seus
discípulos que enviaria o Espírito ao mundo para convencer “o mundo do pecado,
da justiça e do juízo”. Ver João 16:7-11. Todas as pessoas têm uma consciência
de que Deus existe, quer admitam ou não, pois o Espírito aplica as verdades de Deus
às mentes dos homens para convencê-los com argumentos suficientes e justos de
que são pecadores. Responder a essa convicção, ou não, leva os homens à
salvação ou à perdição.
A SALA DO TRONO –
Em que lugar do céu está localizado o trono de Deus? Por inferência bíblica
percebemos que o trono de Deus está no lugar santíssimo do santuário celestial,
sendo o lugar santo a habitação pessoal de Deus. A Bíblia mostra-nos que
Salomão tinha a sua residência pessoal, mas tinha também a sala do tribunal
para julgar as coisas do seu reino. A Bíblia cita alguns julgamentos que
Salomão e seus conselheiros fizeram. O que mais salta aos nossos olhos é o caso
das duas mulheres que foram julgadas por causa da morte do filho de uma delas,
conforme I Reis 3: 16-28.
A designação “trono” denota um lugar de exercer a justiça
para manter a ordem. Assim percebemos que Deus tem o Seu trono no lugar
santíssimo do santuário celestial. Na Bíblia encontramos várias visões que os
filhos de Deus tiveram do trono celestial. A maior parte das visões falam de
assembleias e adoração que tiveram lugar. Veja alguns textos: “Cantai louvores
a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. Pois
Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência. Deus reina
sobre os gentios; Deus se assenta sobre o trono da sua santidade.” Salmo 47:6-8
“O Senhor reina; está vestido de majestade. O Senhor se
revestiu e cingiu de poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar.
O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade.” Salmos 93:1-2.
“Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um
ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da
sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas
de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de
milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o
juízo, e abriram-se os livros.” Daniel 7:9-10
Que dois princípios maravilhosos regem a forma como Deus
governa a humanidade? 1) O amor é o princípio geral do governo de Deus.
Portanto, se à Ele dirigimo-nos, a lógica deve ser esse amor, isto é, seremos
atendidos conforme essa lógica. É isso que simboliza o trono de Deus; o Seu grande
amor pela humanidade. 2) A justiça é a regra que todos devem ser medidos. Deus
age com amor, até um limite, e quando percebe que não desejamos mudar de vida e
comportamentos, aí então Ele age conforme o Seu amor e lei dos mandamentos.
A bíblia assim menciona sobre o carácter de Deus: “A
misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” Salmos
85:10
“Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e
verdade irão adiante do teu rosto.” Salmos 89:14
“Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são
a base do seu trono.” Salmos 97:2
Somos alvo do grande amor de Deus, ou fazemos parte daqueles
que serão julgados pelas más ações?
A ADORAÇÃO NO CÉU
– Como os anjos prestam adoração a Deus? A maior coisa que podemos aprender dos
anjos é a sua obediência instantânea e sem questionamentos às ordens de Deus.
Tudo é feito por amor! Os anjos desenvolvem duas funções principais no céu: 1)
Eles louvam a Deus. Veja estes textos “Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor desde
os céus, louvai-o nas alturas. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos
os seus exércitos.” Salmos 148:1-2 e “E clamavam uns aos outros, dizendo:
Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua
glória.” Isaías 6:3 2) Eles adoram a Deus: Veja estes textos: “E outra vez,
quando introduz no mundo o primogénito, diz: E todos os anjos de Deus o
adorem.” Hebreus 1:6 e “E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do
trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e
milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi
morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória,
e ações de graças. E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e
debaixo da terra, e que estão no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer:
Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de
graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” Apocalipse 5:11-13.
A nossa adoração a Deus pode ser menos expressiva do que a
dos anjos? Embora temos experimentado o pecado, e os anjos não, a nossa atitude
perante Deus deve ser a mesma que a dos anjos.
O que é adoração? É um ato de minha vontade que denota a
minha iniciativa em prestar uma homenagem especial ao Deus que criou-me,
mantém-me e salvou-me. Tanto o louvor como a adoração devem ser de forma
exclusiva, e como expressão do meu amor e gratidão à Deus.
O que a adoração a Deus promove em minha vida? a)
Sensibiliza o meu coração; pois adorar o Criador é uma atitude grandiosa, não é
um ato qualquer. b) Edifica a minha fé. Ler a Bíblia, fazer orações, ir à
igreja e cantar hinos aumenta a minha fé em Deus. c) Promove a minha semelhança
com Cristo, pois “pela contemplação somos transformados”. d) Ajuda-me a ouvir
Deus falando comigo. No ato da adoração ninguém pode ter pressa. Deus é
perfeito, e a pressa é inimiga da perfeição. Por isso, é importante ter um
lugar e um horário para a adoração. e) A adoração expulsa os temores. Maria não
teve medo dos preconceitos, embora tivesse recebido algumas críticas dos
discípulos por gastar tanto dinheiro com o frasco de perfume. f) Aprofunda o
meu relacionamento com Cristo.
Não adianta escrever tratados sobre adoração, pregar sermões
sobre adoração, ouvir uma série de reflexões sobre a oração e adoração ou fazer
um pacto comunitário de ampliação da adoração; se nada disto tornar-se
realidade no nosso quotidiano. Adoração não se efetiva com belos discursos, mas
com uma bela prática e com um coração disposto para tal.
Veja estes textos sobre a reverência e a adoração: “Quando
os crentes entram na igreja, devem guardar a devida compostura e tomar
silenciosamente seu lugar… Conversas vulgares, cochichos e risos, não devem ser
permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões. Uma ardente e profunda
piedade deve caracterizar todos os adoradores… Se faltam alguns minutos para o
começo do culto, os crentes devem entregar-se à devoção e meditação silenciosa,
elevando a alma em oração a Deus para que o culto se torne para eles uma bênção
especial, operando a convicção e conversão em outras almas. Devem lembrar-se de
que estão presentes ali mensageiros do Céu. Perdemos geralmente muito da suave
comunhão com Deus pela nossa falta de quietude e por não nos darmos à reflexão
e oração. Se os crentes, ao entrarem na casa de oração, o fizessem com a devida
reverência, lembrando-se de que se acham ali na presença do Senhor, seu
silêncio redundaria num testemunho eloquente. Os cochichos, risos e conversas,
que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser sancionados na
casa em que Deus é adorado. Cumpre preparar o espírito para ouvir a Palavra de
Deus, a fim de que esta possa exercer impressão e influir sobre a alma.” Testemunhos
Seletos, vol. 2, 194.
“Uma de nossas mais fortes tentações é a irreverência. Deus
é altíssimo é santo; e, para a humilde alma crente, Sua casa na terra, o lugar
em que Seu povo se reúne para adorá-Lo, é a porta do céu.” Mensagens aos
Jovens, 265.
“Não tenhais tão pouca reverência pela casa e o culto de
Deus, a ponto de palestrar uns com os outros durante o sermão. Se os que
cometem essa falta pudessem ver os anjos de Deus observando-os e anotando suas
ações encher-se-iam de vergonha e desprezo de si próprios. Deus quer ouvintes
atentos. Foi enquanto os homens dormiam que o inimigo semeou o joio.” Mensagens
aos Jovens, 266.
“Deus é que deve ser o objeto exclusivo de nossos
pensamentos e adoração. Qualquer coisa tendente a desviar o espírito de seu culto
solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele.” Testemunhos Seletos, Vol. 2, 202.
O SALÃO DO TRIBUNAL
– Geralmente usamos Habacuque 2:20 para solicitar silêncio e reverência no ato
de adoração na igreja. Eis o verso: “Mas o Senhor está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra.” Habacuque 2:20. A forma correta é usarmos
este texto para dizer que Deus, embora pareça estar despreocupado com as
injustiças, Ele faz justiça. Ele fez justiça no tempo do profeta Habacuque e já
começou o julgamento investigativo no salão do tribunal que está no lugar
santíssimo. Veja outro texto: “O Senhor está no seu santo templo, o trono do
Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam
os filhos dos homens. O Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a
violência odeia a sua alma. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e
vento tempestuoso; isto será a porção do seu copo.” Salmo 11:4-6.
Como entendemos e explicamos a existência do juízo pré-advento
a acontecer hoje no lugar santíssimo? Em Daniel capítulos 2, 7 e 8 falam da
mesma profecia. Referem-se aos 5 reinos da terra que exerceram o poder
político, em épocas diferentes e sequenciais. Preste atenção e veja como, na
visão de Daniel 7, Daniel vê os 4 reinos, e já referindo-se ao último reino ele
vê uma cena de julgamento: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns
tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e
o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as
suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele;
milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele;
assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.” Daniel 7:9-10. Ver também o vs 22
Na sequência, e já no capítulo 8 de Daniel Deus lhe revela
uma visão da purificação do Santuário: Eis o
texto: “Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:13-14
texto: “Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:13-14
Quando foi o início e o final desta profecia; e que
santuário foi purificado? Ao término das 2.300 tardes e manhãs deveria ocorrer
um evento de purificação do Santuário. No cerimonial típico do Antigo
Testamento, isso acontecia no décimo dia do sétimo mês, quando o sumo-sacerdote
israelita entrava no lugar santíssimo do santuário para o purificar de todos os
pecados dos filhos de Israel. Ver Levítico 16:29; 23:27 e 32; 25:9; e Números
29:7. Esse evento era conhecido como o “dia da expiação”, é o tal “Yom Kippur”
que os judeus ortodoxos ainda observam. Aqui está o início da contagem do
tempo: a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Isso ocorreu na
primavera do ano 457 AC, por ordem de Artaxerxes. Veja seu decreto em Esdras 7.
A profecia declara:
“Até 2300 tardes e manhãs e o santuário será purificado”. Mas, e agora, como
ficamos? Se somarmos 2300 anos a partir da primavera de 457 a.C, chegaremos ao
ano de 1844, época que não há mais santuário na terra, pois o último existente
foi destruído pelos romanos, no ano 70 d.C. Hoje não há um santuário na terra,
mas a profecia, que não falha, é bem clara: “Até 2300 tardes e manhãs e o
Santuário será purificado”. Mas, note que a profecia não diz que seria o
santuário que existiu em Israel, não diz onde estaria esse Santuário mas,
graças a Deus, a Bíblia tem a resposta. Vejamos Hebreus 9:24: “Porque Cristo
não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo
céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”.
O que tem a ver a entrada de Cristo no santuário celestial
com a sua purificação e o juízo? Estudando o ritual do santuário terrestre,
podemos entender o santuário celestial. Em Levítico 16:29-34 é dito que a cada
ano, no décimo dia do sétimo mês, todo o povo deveria comparecer diante do
santuário para que fossem purificados dos seus pecados. Nesse dia, o
sumo-sacerdote entrava no lugar santíssimo, onde estava o propiciatório com a
arca da aliança contendo os dez mandamentos, para fazer a purificação do
santuário; era um dia de juízo, símbolo do juízo de Deus. No capítulo 7 de
Daniel, após descrever as ações de poderes perseguidores do povo de Deus, ele
descreve nos versos 9 a 13 uma cena incomum, nunca vista antes; Daniel viu uma
cena de juízo, como já analisamos
Quando Jesus foi para o céu, Ele assumiu a função de
Sacerdote e ficou no lugar santo do santuário. Só depois de 1844 é que Ele
passou para o lugar santíssimo para dar início ao juízo de investigação. Este
juízo se dará antes da volta de Jesus, pois é mais do que justo, Deus já ter
decidido, com antecedência, o destino daqueles que serão salvos, e daqueles que
se perderão. A Palavra menciona: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apoc. 22:12. Quando Jesus
retornar, tudo já estará definido. Os bodes estarão do lado esquerdo e as ovelhas
do lado direito. Alguém pode dizer que Deus pode realizar o juízo num estalar
de dedos, e não precisa de um julgamento de tantos anos, como sugerido desde
1844 em diante. É verdade, Deus pode! Mas, se temos as profecias bíblicas tão
bem explicadas para alguma coisa serve, que é para serem estudadas,
compreendidas e obedecidas. Sem contar que Deus gosta de deixar tudo
explicadinho para que ninguém tenha de que O acusar.
LUGAR DE SALVAÇÃO
– Além de realizar o juízo, o que mais Jesus está fazendo hoje no santuário
celestial? Ele está operando a nossa salvação! Veja este texto: “Ora, a suma do
que temos dito é que temos um sumo-sacerdote tal, que está assentado nos céus à
destra do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro
tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1-2.
A Bíblia ensina-nos que que Cristo está a ministrar no
santuário celestial como Sumo-Sacerdote. A Sua intervenção está centrada na
nossa salvação pois Ele comparece por nós diante da face de Deus, como vemos:
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.”
Hebreus 9:24.
O lugar onde Deus e Cristo habitam, no santuário celestial
está franqueado a todas as pessoas que desejarem. É absurdo imaginar que uma
pessoa possa ser salva, no reino celestial de Deus, sem estar preparada para
habitar em um lugar puro e santo. O propósito dos céus é reunir todas as
pessoas e salvar todas as que desejarem ser salvas.
Como posso ser salvo? Somos todos infectados com o pecado.
Ver Romanos 3:23. Nascemos com o pecado. Ver Salmo 51:5, e todos nós
pessoalmente escolhemos pecar. Ver Eclesiastes 7:20 e I João 1:8. O pecado é o
que nos tira a salvação por nos separar de Deus e nos colocar no caminho para a
destruição eterna. Como estar salvo trata de onde passaremos a eternidade
depois de Jesus voltar, não há questão mais importante do que o nosso destino
eterno. Felizmente, a Bíblia é bastante clara sobre como uma pessoa pode ser
salva. O carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: “Senhores! O que é
necessário fazer para salvar-me?” Atos 16:30. Paulo e Silas responderam: “Crê
no Senhor Jesus e serás salvo” Atos 16:31
Deus já fez tudo o que precisava ser feito. Tudo o que você
deve fazer é receber, em fé, a salvação que Deus oferece. Ver Efésios 2:8-9.
Confie somente em Jesus como o pagamento por seus pecados. Acredite nele e você
não perecerá. Ver João 3:16. Deus lhe está oferecendo a salvação como um dom.
Tudo que você necessita fazer é aceitá-la. Jesus é o Caminho da salvação. João
14:6.
Hoje a salvação está disponível a todos, mas chegará o dia
em que Jesus sairá do lugar santíssimo do santuário celestial e deixará de
interceder pelos pecadores, aí o caso de todos estará decidido para sempre.
Veja estes textos: “E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do
seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete
pragas dos sete anjos.” Apocalipse 15:8
“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande
voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.” Apocalipse 16:17
“Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja
sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado
ainda.” Apocalipse 22:11
A porta da graça ainda está aberta, e a melhor coisa que
temos de fazer é aceitar jesus como nosso salvador!. Veja este maravilhoso
texto: “Visto que temos um grande sumo-sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que
penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um
sumo-sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança
ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim
de sermos ajudados em tempo oportuno.” Hebreus 4:14-16
A lei de Deus é uma pequena expressão do caráter e da
vontade de Deus que só foi revelado plenamente em Cristo e em Seus ensinos os
quais aprofundaram, mudaram e reformaram certos ensinos antigos. A lei foi uma
carta de diretrizes básicas e elementares que exerceu o seu papel no Antigo e
no Novo Testamentos. A lei leva à Cristo que destaca-Se pela Sua bondade, graça
e misericórdia, unido a Sua justiça e Sua ira contra toda injustiça aplicada em
Seu Filho em nosso lugar. O Evangelho é essencialmente a cruz que revela todo o
coração de Deus para nos salvar. A lei que, em parte, reflete o caráter de Deus
é obedecida por todos os que são salvos por Jesus.
Veja este texto: “A morada do Rei dos reis, em que milhares
de milhares O servem, e milhões de milhões estão em pé diante dele. Daniel
7:10. Na verdade, aquele templo, repleto da glória do trono eterno, onde
serafins, os seus resplandecentes guardas, cobrem a face em adoração, não
poderia encontrar na estrutura mais magnificente alguma vez feita por mãos humanas,
senão um pálido reflexo da sua imensidão e glória. Contudo, verdades
importantes relativas ao santuário celestial e a grande obra ali efetuada para
a redenção do homem eram ensinadas pelo santuário terrestre e pelos seus
serviços.” O Grande Conflito, 345
Comentários Ellen White
A Existência do Santuário
Celestial
Repetidamente encontramos nos escritos de Ellen G. White
afirmações sobre a realidade do santuário celestial, seu mobiliário, bem como
seu ministério. Uma destas afirmações foi escrita na década de 1880, ao
descrever ela a experiência dos crentes no advento após o desapontamento: {CS
17.1}
“Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído
por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o
tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus
dois lugares santos eram ‘figuras das coisas que estão no Céu’; Cristo, nosso
grande Sumo Sacerdote, é ‘ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o
qual o Senhor fundou, e não o homem.” — Patriarcas e Profetas, 369. {CS 17.2}
“O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor,
é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia.
... {CS 17.3}
“O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à
vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor,
ministra por nós perante o trono de Deus.” — O Grande Conflito, 412, 413. {CS
17.4}
“Assim como o santuário na Terra tinha dois compartimentos:
o santo e o santíssimo, assim há dois lugares santos no santuário no Céu. E a
arca contendo a lei de Deus, o altar de incenso e outros instrumentos de
serviço encontrados no santuário terrestre têm seu equivalente no santuário lá
do alto. Em santa visão permitiu-se que o apóstolo João entrasse no Céu, e ele
contemplou ali o candelabro e o altar de incenso, e, quando se abriu o templo
de Deus, ele contemplou também ‘a arca do Seu concerto’”. Apocalipse 4:5; 8:3;
11:19. — The Spirit of Prophecy 4:260, 261. {CS 17.5}
“Assim, os que estavam a estudar o assunto encontraram prova
indiscutível da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário
terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo ensina que aquele modelo
era o verdadeiro santuário que está no Céu. E João dá testemunho de que o viu
no Céu.” — O Grande Conflito, 413, 414. {CS 17.6}
Antes ela havia escrito com ênfase sobre o mobiliário: {CS
18.1}
“Foi-me também mostrado um santuário sobre a Terra, contendo
dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu, e foi-me dito que era uma figura
do celestial. O aparelhamento do primeiro compartimento do santuário terrestre
era semelhante ao do primeiro compartimento do celestial. O véu ergueu-se e eu
olhei para o santo dos santos, e vi que os aprestos eram os mesmos do lugar
santíssimo do santuário celestial.” — Primeiros Escritos, 252, 253. {CS 18.2}
A arca e a lei no
santuário celestial
Em diferentes ocasiões ela falou e escreveu sobre a arca no
lugar santíssimo do santuário celestial. Uma dessas afirmações foi feita em um
sermão pregado em Orebro, Suécia, em 1886. {CS 18.3}
“Eu vos admoesto, não coloqueis vossa influência contra os
mandamentos de Deus. A lei é tal como Jeová a escreveu no templo do Céu. O
homem pode pisar sobre sua cópia aqui na Terra, mas o original está guardado na
arca de Deus no Céu; e sobre a cobertura desta arca, logo abaixo da lei, está o
propiciatório. Jesus permanece justo ali, perante a arca, para mediar em favor
do homem.” — The S.D.A. Bible Commentary 1:109. {CS 18.4}
E em 1903 de novo ela escreveu sobre a real existência do
santuário: {CS 18.5}
“Muito eu poderia dizer sobre o santuário; a arca contém a
lei de Deus; a cobertura da arca, que é o propiciatório; os anjos em ambas as
extremidades da arca; e outras coisas relacionadas com o santuário celestial e
com o grande dia da expiação. Eu poderia dizer muito sobre os mistérios do Céu,
mas meus lábios estão fechados. Não tenho disposição para procurar
descrevê-los.” — Carta 253, 1903. {CS 18.6}
Enganos dos últimos
dias não envolverão a verdade vital
É claro que nosso adversário, Satanás, procurará abalar a fé
do povo de Deus na doutrina do Santuário nestes “últimos dias”. Ellen White escreveu:
{CS 18.7}
“O Salvador predisse que nos últimos dias apareceriam falsos
profetas, e atrairiam os discípulos após si; e também que os que neste tempo de
perigo permanecessem fiéis à verdade que está especificada no livro de
Apocalipse, teriam de enfrentar erros doutrinários tão especiosos que, se
possível, enganariam os próprios escolhidos. {CS 18.8}
“Deus apreciaria que todo sentimento de fidelidade
prevalecesse. Satanás pode habilmente disputar o jogo da vida com muitas almas,
e ele age do modo mais furtivo e enganador a fim de espoliar a fé do povo de
Deus e desencorajá-lo. ... Ele opera hoje como operou no Céu — dividir o povo
de Deus justo nesta última fase da história da Terra. Procura criar dissensões
e despertar contenda e discussões, e remover, se possível, os velhos marcos da
verdade entregue ao povo de Deus. Ele procura fazer parecer como se o Senhor Se
contradissesse a Si mesmo. {CS 19.1}
“É quando Satanás aparece como anjo de luz que ele apanha as
almas em seu laço, enganando-as. Homens que pretendem ter sido ensinados por
Deus, adotarão teorias falsas, e em seu ensino adornarão essas teorias de modo
a introduzirem enganos satânicos. Assim Satanás será apresentado como anjo de
luz, e terá a oportunidade de mostrar suas agradáveis fábulas. {CS 19.2}
“Esses falsos profetas terão de ser enfrentados. Eles farão
esforço para enganar a muitos, levando-os a aceitar falsas teorias. Muitos
textos bíblicos serão mal aplicados de tal modo que teorias enganadoras
parecerão ser baseadas na palavra que Deus proferiu. A preciosa verdade será
trabalhada de modo que fortaleça e confirme o erro. Esses falsos profetas, que
pretendem ser ensinados por Deus, tomarão belos textos que foram dados para
adornar a verdade, e os usarão como manto de justiça para cobrir teorias falsas
e perigosas. E mesmo alguns dos que em tempos passados honraram ao Senhor,
afastar-se-ão da verdade a ponto de advogar teorias extraviadoras referentes a
muitos aspectos da verdade, inclusive a questão do santuário.” — Manuscrito 11,
1906. (Destaque suprido.) {CS 19.3}
Poucas semanas mais tarde ela acrescentou estas palavras
sobre a importância de uma correta compreensão desta verdade: {CS 19.4}
“Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e
verdade, tal como a temos mantido por tantos anos. O inimigo é que desvia os
espíritos para atalhos ao lado. Ele folga quando os que conhecem a verdade se
absorvem em coligir textos escriturísticos para amontoar em torno de teorias erróneas,
sem fundamento na verdade. As passagens bíblicas assim usadas, são mal
aplicadas; não foram dadas para corroborar o erro, mas para robustecer a
verdade.” — Obreiros Evangélicos, 303. {CS 19.5}
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