O SANTUÁRIO NO LIVRO DE LEVÍTICO

O livro de Levítico recebeu este nome porque trata principalmente do sacerdócio, ofício que pertencia à tribo do Leví. O Talmud chamou-lhe "A lei dos sacerdotes", ou "A lei do sacrifício". O subtítulo, "Terceiro livro de Moisés", não formava parte do texto original hebreu, mas foi agregado séculos mais tarde. Não pode haver dúvida de que Moisés, é o autor Pentateuco, os primeiros cinco livros da Bíblia. Dos tempos mais antigos, tanto judeus como cristãos acreditaram que Levítico foi escrito por Moisés, e só em tempos modernos se levantaram dúvidas em relação ao autor.
O livro é uma parte integrante do que Jesus chamou "a lei de Moisés" (Luc. 24:44). O relato do Êxodo termina com a narração da construção do tabernáculo, e a preparação para sua dedicação. Posto que o livro que segue a Levítico, é o livro de Números, começa com o primeiro dia do segundo mês do segundo ano (Núm. 1:1), o intervalo é exatamente de um mês. Nesse mês Deus comunicou a Moisés as instruções contidas em Levítico, e nesse mesmo mês os acontecimentos registados no livro. O livro Levítico trata principalmente do sacerdócio e os serviços do santuário. Não contém toda a instrução que Deus tinha para Israel sobre estes temas, pois é reservada muita informação importante para o livro de Números. Entretanto, a maioria dos princípios fundamentais do culto são esboçados no livro de Levítico. Isto faz que seja importante e digno de um estudo especial. Os princípios da transferência do pecado, da mediação, a
reconciliação e a expiação eram ensinados claramente pela cerimónia diária na qual o ofertante colocava as suas mãos sobre a cabeça da vítima enquanto confessava os pecados; pela instituição de um sacerdócio regular para ministrar entre Deus e o homem; pelo sacrifício vespertino e matutino; pelos holocaustos e oferendas individuais pelo pecado; e pela entrada do sumo sacerdote, uma vez ao ano, à presença de Deus no lugar santíssimo. Em todos estes regulamentos e preceitos os homens viam a obra reconciliadora d´Aquele que tomou sobre si os nossos pecados, que morreu por nós e por cujas feridas nós somos sarados.
Talvez a santidade era a maior lição de todas encontradas ali. É o grande tema de cada capítulo do livro. Os sacerdotes deviam ser santos; as suas vidas deviam estar livres de tudo; o seu alimento devia ser limpo; até as suas vestimentas deviam simbolizar a santidade. Os sacrifícios oferecidos deviam ser perfeitos; o santuário mesmo era santo; os utensílios eram santos; a porção das oferendas para os sacerdotes era santa; até os terrenos do santuário eram sagrados e não deviam ser poluídos. Levítico ocupa um lugar central nos cinco livros de Moisés. Como o santuário era o centro do culto de Israel, também o livro de Levítico contém a medula da instrução dada em relação àquele culto. É o Evangelho em embrião. Com ele, pode compreender-se melhor o Novo Testamento; sem ele, algumas partes dos Evangelhos e das epístolas estão envoltas em escuridão. Cristo como sacerdote e Sumo-sacerdote; como Cordeiro de Deus; como nossa oferenda pelo pecado; como o sacrifício consumado, com o Seu sangue. Às vezes surge a pergunta: porque razão Deus instituiu o sistema de sacrifícios e requereu derramamento de sangue? Deus aborrece o pecado porque conhece os seus resultados e um dos principais propósitos dos sacrifícios era fazer que o Israel também o aborrecesse.
Levítico recebeu esse nome por tratar principalmente do sacerdócio, ofício que pertencia à tribo de Leví. O Talmude chamou-lhe "A lei dos sacerdotes", ou "A lei do Sacrifício". Esse nome do "Terceiro Livro do Moisés", não era parte do texto original hebreu, mas começou séculos mais tarde.
O livro é uma parte integral do que Jesus chamou "a lei de Moisés". É muito importante crer nas palavras desse servo de Deus, João 5:46-47.
É neste livro onde encontramos o uso contínuo e simbólico do sangue aplicado aos chifres do altar, aspergido diante do véu, os princípios da transferência do pecado, da mediação, a reconciliação e a expiação eram ensinados claramente pela cerimónia diária na qual se punha sua mão sobre a cabeça da vítima enquanto confessava seu pecado; pela instituição de um sacerdócio para ministrar entre Deus e o homem; pelo sacrifício vespertino e matutino; pelos holocaustos e oferendas individuais pelo pecado; pela entrada do sumo sacerdote, uma vez ao ano.
Podemos aprender muitas preciosas lições do ritual conforme foi originalmente disposto. Um estudo deste livro recompensará o tempo dedicado a ele.
Nos capítulos iniciais de Levítico, Deus pede a Moisés para instruir o povo a respeito da forma correta de aproximar-se de Deus e ao santuário, o povo necessitava urgentemente desta instrução.
O povo de Israel não tinha mais do que um conceito vago da santidade de Deus e de seu atual estado de pecado. Deviam aprender que tanto o Senhor Deus, sua casa e até os arredores dela, eram Santos. Aprenderiam que apenas o que é santo pode aproximar-se de Deus e entrar em sua presença. Portanto não podiam atrever-se a entrar na morada de Deus, mas sim só deviam chegar até a porta do átrio, e ali entregar seu sacrifício com humildade e contrição.
Israel devia aprender a aproximar-se de Deus mediante o cordeiro sacrificado, não devia ficar no desespero da condenação da Santa Lei de Deus. Havia uma via de escape. O Cordeiro morreria por eles. Por fé no Seu sacrifício poderiam entrar em comunhão com Deus. Graças à mediação do sacerdote poderiam entrar vicariamente no santuário.
O sistema de sacrifícios era o Evangelho para Israel. Era a forma de obter a comunhão com Deus.
É no livro de Levítico que o santuário é dedicado e consagrado, também os sacerdotes. Todos os preparativos são completos para esse serviço que teria que continuar durante mais de 1.400 anos, para ser então transferido ao santuário celestial.
Há cristãos professos que não consideram de grande importância nem valor algum, para eles, os serviços do templo divinamente instituídos. Entretanto, o plano evangélico da salvação, revelado mais plenamente no Novo Testamento, resulta mais claro quando se entende os do Antigo Testamento. Na verdade, quem entende o sistema levítico apresentado, pode entender melhor e apreciar mais o Evangelho exposto no Novo Testamento. O primeiro prefigura o segundo e é símbolo dele.
Algumas oferendas: Cordeiro, Novilho, Ovelha, Pombinha ou rolinha, Cabrito, Boi, Cabra, Bode, Aves, Novilha Ruiva, Novilha que nunca trabalhou, Cordeiro, Bezerro, Cordeira.
Pecou contra o homem, isto exigia restituição. Pecou contra Deus, isso exige um sacrifício.
Quanto aos sacrifícios diários no livro, todas as manhãs se oferecia no altar do holocausto um cordeiro em favor de toda a nação, e à tarde se repetia o mesmo serviço. Este holocausto proporcionava expiação temporária e provisória para a nação, até que o pecador pudesse comparecer, levando o seu próprio sacrifício. O holocausto diário, pela nação, protegia a Israel até que cada um pudesse trazer a sua oferenda individual. O Talmud ensina que o sacrifício matutino expiava os pecados cometidos durante a noite, e o sacrifício vespertino, os pecados do dia.
Estes eram queimados com fogo lento, para que um sacrifício durasse até que fosse colocado o próximo Lev. 6:9. Era o dever dos sacerdotes assegurar-se de que esse fogo nunca se apagasse. O sacrifício vespertino durava até à manhã seguinte, e o sacrifício matutino durava até à tarde. Deste modo, havia sempre uma vítima sobre o altar para proporcionar expiação provisória e temporária para Israel. Este fogo não devia utilizar-se para nenhum fim comum, nem devia usar-se fogo comum nos serviços do santuário. Quando um homem pecava, embora não pudesse comparecer imediatamente no santuário, mesmo por semanas e meses, sabia que havia um sacrifício sobre o altar que se consumia em seu favor, e que ele estava "protegido" até que pudesse apresentar a sua própria oferenda e confirmar o seu arrependimento.
Quando pecamos, mas não nos damos conta disso, até que demoremos em fazer uma confissão, o nosso consolo é saber que Cristo está sempre preparado a "colocar sobre nós” o manto da Sua justiça até que possamos nos precaver da nossa condição.
Deus pode perdoar e Ele perdoará, mas deve haver um apoio absoluto às instruções divinas. Assim como havia um prazo de espera para que se levasse a oferta pelo pecado, mas ele deverá levá-lo, ou então, não será perdoado, pois o pecado deve ser confessado.
Quem apresentava a oferenda podia escolher. O rico naturalmente preferia apresentar um bezerro. O pobre podia apresentar somente duas rolas ou dois pombinhos. É significativo que Maria, a mãe de Jesus, apresentasse tais oferendas, aquando do nascimento de seu Filho (Lev. 12:8; Luc. 2:22-24). José e Maria eram pobres. Reis e rainhas, príncipes e magistrados, doutores da lei e gente importante ofereciam cordeiro sem defeito, mas Jesus, o verdadeiro cordeiro, o Rei do Universo o dono e Aquele que criou todas as coisas, não teve na Sua apresentação um animal que era símbolo dele próprio, a sua mãe não tinha condições financeiras favoráveis.
Oferecia-se um macho "sem defeito", isto mostra o quanto Deus exige o melhor que temos.
É bem provável que não sejamos ricos, nem tenhamos condições financeiras favoráveis, mas o que damos deve ser perfeito. É errado apresentar algo que seja inferior ao melhor que tenhamos ou possamos dar.
A experiência de que o pecador deveria matar um animal é um resultado um tanto desconfortante, porque sabia que era seu pecado o que fazia necessária essa morte. Não só significava a morte, mas também a morte de um ser inocente.
Inclusive a lenha que se usava nos serviços do santuário era cuidadosamente selecionada. A lenha com defeito, comida por algum bicho era descartada. Era tarefa de alguns não permitir que faltasse lenha. Uma vez ao ano pedia-se ao povo que ajudasse a juntar lenha para o santuário. Isto também lhes trouxe uma lição, sentido que Deus é santo e que até nas coisas mais pequenas exige perfeição. Inclusive, não se atirava a lenha sobre o fogo nem a colocava de qualquer maneira. Era posta em forma ordenada. A lição é evidente. Nada do que tem que ver com o serviço de Deus pode fazer-se descuidadamente.
Ao pobre e aos que não tinham condições financeiras era permitido que levassem pombas ou rolas. As aves eram muito pequenas para serem cortarem em pedaços, pequenas para impor as mãos sobre a cabeça, de qualquer forma constituíam um aroma agradável a Jeová. Isto acontecia de tal forma que o sacerdote muitas vezes precisava ele mesmo, oferecer a ave bem próximo do altar pois o sangue era muito pouco.
Deus tinha piedade dos que eram muito pobres para trazerem o sacrifício habitual. O transgressor apresentava duas aves ao sacerdote. Mas se fosse muito pobre, para apresentar as aves, poderia trazer uma pequena porção de farinha. O sacerdote toma um punhado da farinha e a queimava sobre o altar, seguindo o ritual. Aqui encontramos uma situação bastante diferente, uma oferenda pelo pecado SEM SANGUE. Como pode isso acontecer se "sem derramamento de sangue não se faz remissão" de pecado" Heb. 9:22? Bem, essa é a regra, mas em Lev. 5:11-13 apresenta-se a excepção à regra geral, apenas neste caso. Lembre-mo-nos que em Hebreus diz que "Com efeito, quase todas as coisas..." isto provavelmente explica o "quase tudo". Claro que nunca poderá haver remissão sem o sangue de Cristo, mas devemos lembrar que a farinha foi colocada sobre um animal que já tinha derramado o seu sangue.
O relato dos pães em Levítico: Eram colocados a cada Sábado sobre a mesa no primeiro compartimento do santuário. Permanecem durante uma semana sobre a mesa, e finalmente era comido pelos sacerdotes. Chamado o "Pão da Presença", posto que estava continuamente sobre a mesa na presença de Deus, a oferenda do pão da proposição consistia em 12 pães, cada um feito pesava cerca de 2,4 kg de farinha. Eram pois de bom tamanho.
O serviço de um sacerdote era a semana, onde terminava oferecendo o seu último sacrifício no sábado pela manhã, o outro, iniviava o serviço na sexta-feira e oferecia o seu primeiro sacrifício da semana sábado de tarde. Os sacerdotes que se retiravam do serviço no santuário tiravam o pão da mesa, e os sacerdotes que começavam colocavam o pão fresco. Havia um cuidado, não tirar o pão até que estivesse preparado o outro, devia haver sempre pão sobre a mesa, assim como devia haver também um holocausto sobre o altar. Por isso, o holocausto chamava-se "holocausto contínuo" e é referida a "colocação contínua dos pães da proposição" (Ex 29: 42; 2Cr 2: 4).
Todos os sacerdotes eram ungidos, mas apenas o sumo-sacerdote era ungido na cabeça. Era o representante do homem, actuava pelo povo em tudo o que tinha que ver com o santuário. Todo o sacerdócio se resumia na pessoa do sumo-sacerdote.
O primeiro requisito para assumir o sacerdócio era ser descendente de Arão. Conservavam-se com grande cuidado os registos genealógicos (2Cró. 31:16-19). Quem não pudesse apresentar provas legais da sua ascendência de Arão, não podia ministrar no cargo sacerdotal (Esd. 2:62; Neem. 7:64). O segundo requisito era não ter nenhuma deformidade física. Qualquer defeito ou lesão bastava para impedir que um filho de Arão se aproximasse do altar, ou até para que entrasse no santuário. Arão foi ungido (Lev. 8:12) por Moisés como sumo-sacerdote, foi ungido com o sangue do carneiro da consagração, na orelha, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito.
Não poderia haver erro. Arão não deveria orvalhar o sangue da oferenda pelo pecado sobre o altar e ao redor dele, isso não devia ser feito nunca. O sangue da oferenda pelo pecado devia ser posta sobre os chifres do altar. Por outro lado, se tivesse também colocado o sangue do holocausto sobre os chifres do altar, teria errado. O sangue do holocausto era sempre derramado sobre o altar e ao redor dele.
O que era oblação? Esta informação era para os filhos de Arão. Quando alguém apresentava uma oferenda de cereal, ou seja uma oblação, a parte de Deus devia ser queimada sobre o altar, o resto era dos sacerdotes. Não devia de forma alguma conter fermento. Devia comer-se no "lugar santo".
Sobre a imposição das mãos sobre o animal, não só indicava a dedicação do animal a Deus mas sim, ao apoiar-se na sua cabeça, quem oferecia o sacrifício se identificava com o animal, e este se transformava em seu substituto. A imposição da mão ia acompanhada da confissão do pecado. Este princípio aplicava-se a todos os sacrifícios pelo pecado. A acção de impor a mão era pois significativa porque o pecador, ao confessar o seu pecado e apoiar-se sobre a vítima, declarava a sua fé em Deus, que proporcionaria um substituto para que levasse a culpa do seu pecado. O castigo não era trazer um sacrifício. O castigo era a morte e era o animal que sofria essa consequência.
Em Lv 4:3-12 diz que quando o sumo-sacerdote pecava para escândalo do povo, o animal era levado fora do acampamento e queimado num lugar. O livro de Hebreus dá um sentido interessante. Diz o autor: "Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta" e diz mais "Saiamos, pois a ele, fora do acampamento, levando o seu vitupério" Heb. 13:12,13. O facto de que o corpo do animal fosse queimado fora do acampamento era pois um símbolo de Cristo, crucificado fora da cidade de Jerusalém, "para santificar o povo mediante o seu próprio sangue" Heb. 13:12. Cristo não cometeu pecado, mas para os da época ele realizou muitas coisas que eram sem dúvida alguma "blasfémias" ou "pecados". Alguns afirmam também que isto indica também que morreu não só pelos judeus, mas também pelo mundo.
Em Levítico todas as festas apontam para o Evangelho:
Páscoa - Morte de Cristo
Molhos movidos - Ressurreição
Pentecostes - Descida do Espírito Santo
Trombetas - Chamado ao Julgamento
Dia da Expiação - 1844/Juízo Investigativo
Trombetas do Jubileu - Segunda vinda de Cristo
Tabernáculos - Nova Terra
A festa de pentecostes tem a sua importância também. Ela está ligada diretamente à páscoa, pois eram contados exatamente 50 dias após esta festa para se saber a data do pentecostes. Este nome em grego significa 50, e o nome da festa em hebraico é "Shavuot" (semanas).
Lev. 23:15-17 - "Movidos diante do Senhor" - Pães levedados eram apresentados diante do Senhor.
Fermento é símbolo na bíblia de pecado. Na festa dos molhos, eram grãos sem fermento, sem pecado. Porquê? O que representava o pão diante de Deus? Era feito por mãos humanas, com a farinha mais fina possível. Na tradição judaica é dito que os sacerdotes peneiravam sete vezes, para que fosse usada a mais fina possível. Era feita por mãos humanas, mas era para ser o melhor possível. Mas aquilo que fazemos é suficiente para ser aceite por Deus? Não! Aquele pão representava a nossa imperfeição diante de Deus. Mesmo com o Espírito Santo a trabalhar em nós, ainda continuávamos imperfeitos.
Naquele dia também eram oferecidos sacrifícios. (V. 19, 20)
Os Pães agora eram movidos, mas junto com os cordeiros. Sendo assim, os pães agora podiam ser aceitos junto com o sangue dos cordeiros. Da mesma forma, as nossas obras só podem ser aceitas se estiverem lavadas no sangue de Jesus. O que os dois pães significam? Os dois Pães representam as duas tábuas da lei. Ainda hoje é respeitada esta tradição. Jesus mesmo disse que o pão é a sua palavra. Aqueles dois Pães relembravam os israelitas do monte Sinai.
Já tentamos relacionar o pentecostes com o monte Sinai? Quando ocorreu o primeiro pentecostes? A primeira páscoa ocorreu no momento da saída do Egito. O pentecostes ocorreu 50 dias após. Onde estavam eles? Estavam no monte Sinai, no momento em que recebiam a lei de Deus. Só poderemos entender melhor esta festa se a relacionarmos com o monte Sinai.
Na sala dos apóstolos houve um terramoto. No monte Sinai quando Moisés recebeu a lei, também houve. Houve um som de vento, no monte Sinai também. Houve fogo descendo sobre os discípulos, e no monte Sinai também. Com os apóstolos Deus estava a estabelecer uma nova aliança com a Sua igreja, e no monte Sinai é estabelecida a aliança com a Sua igreja do AT. No Sinai a lei foi escrita em tábuas de pedra, e em Lucas diz que o dedo de Deus é representado pelo Espírito Santo, Lucas também escreveu o livro de Atos. Lá no aposento alto, Deus, com o seu próprio dedo, escreveu a Sua lei no coração deles. A promessa da Nova Aliança foi cumprida naquela ocasião.
Podemos ver estes paralelos? Agora a festa passa a ter um novo significado. No entanto este não é o ponto central. Quando pensamos em pentecostes, pensamos logo no Espírito Santo. É correto, mas não é tudo. Nas igrejas pentecostais, é feito isso todos os dias. Um real pentecostes deve ocorrer na IASD.
De facto, Deus derramou Seu Espírito Santo naquele dia. Mas porquê? Este derramamento era sinal de quê? Era o sinal de que Jesus estava a inaugurar o Seu ministério celestial por nós. O Espírito Santo sobre a terra era um sinal de que temos um Sacerdote no céu.
O que ocorria quando um sacerdote terrestre era ungido? Pegavam um chifre de carneiro, enchiam com óleo e derramavam sobre a cabeça do sacerdote que era ungido. Neste dia Jesus foi ungido nos céus.
Heb. 1:3, 9, temos o contexto de Cristo sentando à direita do Pai, sendo ungido com o óleo da alegria.
Sal. 133:1 - O salmista olhava para o passado, buscava qual o dia mais alegre do ano. No v. 2 ele fala do óleo descendo pelas barbas de Arão. Que dia é este?
O povo estava sem a presença de um mediador. Precisavam de alguém que intercedesse por eles. Precisavam de um sistema sacerdotal que fizesse esta função. Moisés realizava este ministério, mas precisavam de alguém específico. Naquela ocasião era usado o melhor óleo, perfumado, usado unicamente para esta função. Era derramado na cabeça de Arão, escorria pela barba, pela roupa até cair no chão.
Agora o povo podia ficar feliz. Tinham um intercessor. É esta alegria que David está a sentir, 400 anos depois. Jesus esteve aqui nesta terra durante 40 dias após a Sua morte, 10 dias depois ocorreu o pentecostes. Isto significa que houve 10 dias de celebração no céu pela vitória de Cristo. Somente após isto é que teve a inauguração/posse de Cristo.
Não sabemos como foi esta cerimónia, se houve um chifre, se houve óleo real. Não sabemos, mas sabemos que foi uma grande festa. O facto é que o óleo caiu na Sua cabeça, escorreu pela Sua barba, as Suas vestes, e continuou a escorrer, ao "entrar na atmosfera tornou-se em línguas de fogo e chegou até aos discípulos". Eles estavam felizes porque agora tinham um Mediador no céu e um Fiel representante na terra.
Agora eles tinham poder. Não por causa do Espírito Santo, porque Ele não testifica dele mesmo, mas de Jesus. Ao receberem o Espírito Santo, foi o sinal de que agora Cristo tinha tomado posse. Agora sabiam que podiam sair com poder, coragem, ânimo.
Esse mesmo Espírito Santo está pronto para ser derramado sobre nós agora. Temos a mesma oportunidade hoje. Vivemos no momento em que se está a derramar a chuva serôdia, em que grande quantidade do Espírito Santo está sendo derramada. A IASD que é pentecostal, no verdadeiro sentido da palavra, deve receber o óleo do Espírito Santo. A Deus sejam dadas honra e louvor para todo o sempre, amém!

1 comentário:

  1. Bela explanação. Que Deus o abençõe com copiosas bençãos. Forte abraços aos pastor e irmãos de Portugal. Eder/Brasil

    ResponderEliminar