Aplicação Histórica das Trombetas: A Sexta Trombeta

Pelo fato de não se prever arrependimento, a sexta trombeta segue a um segundo ai. Agora é dado a Satanás mais liberdade para revelar o seu verdadeiro caráter e para levar a cabo seu o objetivo diabólico de destruir a terra e todos os seus moradores. Entretanto, Deus permite a acção das forças do a agirem na hora exata que escolheu (ver Apoc. 9:15). Então, o ai desta trombeta dirige à confrontação definitiva final entre Satanás e os seus exércitos por um lado, e Cristo e os Seus exércitos pelo outro:
"O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus, dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates. Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte dos homens. O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi o seu número" (Apoc. 9:13-16).

Esta trombeta de guerra recorda primeiro à igreja o propósito misericordioso deste juízo, assinalando a sua origem do "altar de ouro que estava diante de Deus", em forma específica seus "chifres". Estes chifres representam o lugar onde o sacerdócio Levítico orvalhava o sangue da expiação para Israel (Lev. 4:7, 18, 25).
A voz celestial é a resposta divina às orações dos santos oprimidos (Apoc. 6:9). A resposta chega na ordem: "Solta os quatro anjos que estão atados junto ao grande rio Eufrates" (9:14).

Estes 4 anjos são claramente anjos maus, os líderes de uma multidão de demónios. O Eufrates é um símbolo importante, porque no Antigo Testamento representava os arqui-inimigos de Israel que invadiram sua terra como uma inundação transbordante (ver Isa. 8:8, 9; Jer. 46:2, 10). Soltar "os quatro anjos" no Eufrates no tempo do fim significa um conflito mundial contra o povo de Deus. O número "quatro" simboliza todas as direções da bússola (Apoc. 7:2; 20:7).

De novo João descreve os cavalos e os seus cavaleiros como havia descrito as lagostas na trombeta anterior: como poderes demoníacos inumeráveis (Apoc. 9:17-19). Ao mesmo tempo são os instrumentos do juízo divino sobre um mundo unido em rebelião contra Deus. Matam uma terça parte da humanidade (vs. 15, 18) por meio de "fogo, fumaça e enxofre'" que sai das "bocas" dos cavalos" (vs. 18, 19). A qualidade demoníaca destas três pragas está indicada pela frase repetida de que estas pragas infernais "saíam de sua boca" (vs. 18, 19; ver 16:13, 14).

Em essência, o significado deste juízo se desdobra posteriormente na segunda metade do Apocalipse, onde o rio Eufrates está de novo descrito como os seguidores mundiais da meretriz "Babilónia" (Apoc. 17:1, 15). Essas multidões se voltam finalmente contra Babilónia e a queimam com "fogo" (V. 16) para cumprir o propósito divino (V. 17).

O ponto de atividade da sexta trombeta está estritamente sobre a multidão esmagadora (João só "ouviu" seu número) de forças demoníacas que matam uma grande parte da humanidade. Essas pessoas estavam presumivelmente desprotegida contra as doutrinas e poderes demoníacos. Estavam sem o selo protetor de Deus, sendo adoradores de demónios e de ídolos (Apoc. 9:20). D. Ford o explicou assim:

"As multidões que rechaçaram o sangue da expiação, o incenso da justiça de Cristo, o refrigério dos rios e das fontes divinas, e a luz dos corpos celestiais, não tem amparo contra as doutrinas de demónios, e finalmente, não tem amparo contra os próprios demônios".14

É esclarecedora a observação de que a sexta trombeta apresenta uma contraparte surpreendente ao selamento dos 144.000 servos de Deus em Apocalipse 7. Jon Paulien apresenta um sumário de seus paralelos importantes:

"Em ambas as seções [Apoc. 7:1-4 e 9:14-16], atar e desatar estão relacionados com os quatro anjos. Em ambas as seções, está-se contando um povo: em Apocalipse 7 ao povo de Deus; em Apocalipse 9 a seus equivalentes demoníacos. E estes são os dois únicos lugares no Apocalipse que contêm as palavras misteriosas: 'Ouvi o número' [ékusa ton arithmón]'. Se o tempo de graça segue durante a sexta trombeta e termina com o toque da sétima trombeta, a sexta trombeta é o equivalente histórico exato de Apocalipse 7:18. É a última oportunidade para a salvação, exatamente antes do fim".15

Chega a ser evidente que Deus desenhou um plano básico de acordo com o qual a história humana seguirá seu curso e alcançará seu objetivo indicado. Quando Deus tirar o freio de Satanás, este adversário poderá unir todas suas forças terrestres e demoníacas. Por outro lado, Cristo concederá o poder do Espírito Santo em sua plenitude a seus seguidores, o remanescente fiel (Apoc. 18:1). Apesar de tudo, os 200 milhões de cavaleiros ímpios não poderão destruir aos 144.000 servos de Cristo porque possuem o selo da proteção divina. Estes movimentos notavelmente paralelos se desenvolvem em forma adicional em Apocalipse 16:13-16. Ali Cristo anima a seus fiéis a estar alerta e a estar vestidos com a armadura de sua justiça para que suas bênçãos permaneçam sobre eles (v. 15), enquanto os seguidores do dragão, a besta e o falso profeta em todo mundo se encaminham para seu "Armagedom" (vs. 13-16).

Enquanto a sexta trombeta mostra uma destruição e decepção demoníacas em aumento, ainda trata com o tempo anterior ao fim (Apoc. 10:6). Como ensinam de maneira impressionante as visões subsequentes de Apocalipse 10 e 11, a sexta trombeta também inclui o período da oportunidade final para todas as pessoas, com o fim de que respondam ao testemunho do tempo do fim do evangelho eterno de Cristo (ver Apoc. 10:11; 11:7). Metzger assinala:
"Embora as imagens sejam horrendas, a intenção total do toque das sete trombetas não é infligir vingança e sim levar as pessoas ao arrependimento. Embora não se faz nada para minimizar a gravidade do pecado e da rebelião contra Deus, há uma ênfase tremenda na paciência e misericórdia de Deus. Em vez de uma destruição total, só é afetado um terço (9:18) ou alguma outra fração do total. A fração é simbólica da misericórdia de Deus".16

O simbolismo do tempo que se usa em Apocalipse 9:15 indicando que se soltam os 4 anjos de destruição "para aquela hora, dia, mês e ano" (CI; cf. BJ, NBE, JS, RC, BLH) é significativo e merece uma atenção especial. O original tem o artigo definido [ten, o] antes de toda esta frase fazendo de todas as suas partes uma unidade sintática, sem considerar cada parte em forma separada.
A ideia tradicional de que Apocalipse 9:15 indica quatro períodos de tempo separados ou independentes, não pode dar-se por assentado desta frase bíblica. Também pode legitimamente entender-se como um momento no tempo divinamente indicado. Se o virmos dessa forma, a sexta trombeta assinala para frente, o fim do tempo de graça, quando começa a sétima trombeta com as últimas pragas. Esse momento de tempo pavoroso pode identificar-se com a declaração profética de Apocalipse 22:11: "quem é injusto continue sendo injusto... o justo continue fazendo justiça" (CI). Este decreto é pronunciado ao concluir o juízo investigativo (ver 14:7). O ser humano deve viver conforme a sua eleição para que manifestem o seu verdadeiro carácter. Cada pessoa de cada época manifestará na segunda Vinda de Cristo a quem escolheu pertencer. Portanto, a sexta trombeta ensina que Deus domina os tempos de Satanás e lhe determinou um tempo limite absoluto. Em forma parecida, Roy Naden comenta Apocalipse 9:15:
"A sexta trombeta termina na hora assinalada, num dia, num mês, num ano (note a quádrupla descrição indicando o significado 'universal' do momento). Quando soar essa hora, terminará o tempo de graça e não haverá mais oportunidade para que nenhuma pessoa mude a sua lealdade... O Pai baixará o pano de fundo do tempo de graça da história na mesma hora já determinada".17
Antes que chegue esse momento, Deus remove gradualmente sua proteção e seu poder restritivo, mostrando aos homens os frutos amargos de suas próprias idolatrias e seu ódio contra o Criador e contra seus fiéis seguidores. Estes juízos das 6 trombetas não representam a Deus como o executor dos decretos divinos. Antes demonstram o "poder vingador de Satanás sobre os que se rendem ao seu controle".18 Satanás se oporá em forma persistente a Deus e à proclamação do evangelho até a hora final do tempo de graça.

Enfoque Especial sobre os Acontecimentos do Tempo do Fim
As trombetas acentuam seu enfoque crescente no tempo do fim por meio da declaração de uma voz celestial: "Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!" (Apoc. 8:13). Dessa maneira, as visões das 3 últimas trombetas são juízos intensificados ou "ais", e formam a transição das advertências divinas aos ais demoníacos. Paulien declara com acuidade: "Nestes ais, Deus, para seus próprios propósitos, permite que as forças do mal se incrementem até que alcancem virtualmente o domínio do cenário da terra".19

Como é típico no Apocalipse, o lado escuro está equilibrado por uma visão brilhante para o tempo do fim. Assim como João inseriu uma visão de israelitas vitoriosos em Apocalipse 7 entre o sexto selo e o sétimo, assim agora insere algumas visões animadoras para o povo de Deus do tempo do fim entre a sexta e a sétima trombeta, ou seja: Apocalipse 10 e 11:1-13.
O plano literário particular de um parêntese entre o sexto e o sétimo selo e de novo entre as trombetas correspondentes tem um propósito específico. Estes interlúdios são refletores que se ampliam sobre os acontecimentos do tempo do fim em conexão com o sexto episódio de cada série profética. Dessa forma, Apocalipse 7 apresenta o selamento dos 144.000 israelitas espirituais como o equivalente da cena espantosa de juízo do sexto selo (Apoc. 6:12-17).

Nas visões de Apocalipse 10 e 11, João introduz o equivalente positivo das ameaças e ais demoníacos das últimas trombetas. Isto significa que as visões de Apocalipse 7, 10 e 11 transladam o leitor ao tempo do fim, quer dizer, aos acontecimentos finais da era da igreja. Estas visões que iluminam estão designadas para consolar e animar o povo de Deus do tempo do fim. Os seguidores de Cristo recebem seu cuidado especial e são chamados por um mandato específico a cumprir sua missão apesar da oposição cruel e do sofrimento (Apoc. 7:14; 10:1-11). Receberão um poder extraordinário para dar seu testemunho quando se intensificar a luta entre o anticristo e a igreja remanescente. Deus vindicará no fim a suas testemunhas verdadeiras, que dão a ele toda a honra e a glória (Apoc. 11:1-13).

Hans K. LaRondelle
Referências:
14 D. Ford, Crisis! A Commentary on the Book of Revelation, t. 2, p. 458.
15 Paulien. "Seals and Trumpets: Some Current Discussions" [Os Selos e as Trombetas: Algumas Discussões Atuais], Simpósio sobre o Apocalipse, T. 1, p. 196.
16 Metzger, Breaking the Code. Understanding the Book of Revelation, p. 66.
17 Naden, P. 152.
18 Ellen White, GC 36.
19 Paulien, Decoding Revelation's Trumpets. Literary Allusions and Interpretation of Revelation 8:7-12, p. 417.

Preparação Pr. José Carlos Costa

Analisando Hebreus 9:12: Jesus Entrou no Lugar Santo ou Santíssimo?

A tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada de Hebreus 9:12 afirma que Jesus entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascensão aos Céus:
Hebreus 9:12: não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Esta edição da Almeida se enganou em sua tradução do grego. Para fazer prova inequívoca deste fato iremos citar 10 traduções bíblicas que não concordam com a tradução da Almeida Revista e Atualizada:

A Edição em Espanhol Reina Valera afirma:
Hebreus 9:12: Y no por sangre de machos cabríos ni de becerros, mas por su propia sangre, entró una sola vez en el santuario, habiendo obtenido eterna redención.

A tradução mais exaltada da língua inglesa, a King James, afirma que Jesus entrou no Lugar Santo:
Hebreus 9:12: Neither by the blood of goats and calves, but by his own blood he entered in once into the holy place, having obtained eternal redemption for us.

A tradução Italiana de Giovanni Diodati (1649) afirma:
Hebreus 9:12: e non per sangue di becchi e di vitelli; ma per lo suo proprio sangue, è entrato una volta nel santuario, avendo acquistata una redenzione eterna.

A própria João Ferreira de Almeida Atualizada, afirma:
Hebreus 9:12: e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.

A Tradução das Testemunhas de Jeová (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas de 1986), dizem:
Hebreus 9:12: ele entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre e obteve [para nós] um livramento eterno.

A maior prova, no entanto, vem das traduções católicas que foram feitas por pessoas que passaram a vida estudando grego e latim:

A Bíblia AVE MARIA diz:
Hebreus 9:12: sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.

A Bíblia da CNBB afirma:
Hebreus 9:12: Ele entrou no Santuário, não com o sangue de bodes e bezerros, mas com seu próprio sangue, e isto, uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna.

The New American Bible (Católica)
Hebreus 9:12: he entered once for all into the sanctuary, not with the blood of goats and calves but with his own blood, thus obtaining eternal redemption.

A Revised Standart Version diz:
Hebreus 9:12: he entered once for all into the Holy Place, taking not the blood of goats and calves but his own blood, thus securing an eternal redemption.

A Bíblia Latino Americana atesta:
Hebreus 9:12: Y no fue la sangre de chivos o de novillos la que le abrió el santuario, sino su propia sangre, cuando consiguió de una sola vez la liberación definitiva.

Como podemos ver as traduções de Hebreus 9:12 constam que Jesus entrou no LUGAR SANTO ou no SANTUÁRIO por ocasião de sua ascensão. A razão é simples: quando se entra no Santuário o primeiro compartimento é o lugar santo. A Tradução Almeida Revista e Atualizada no Brasil está errada como mostra as demais edições internacionais, com destaque para a King James, que é exaltada por todas as igrejas dos países de fala inglesa. O testemunho das Bíblias católicas e da Bíblia das testemunhas de jeová é deveras interessante pois estas igrejas não possuem uma doutrina do Santuário e não sabem que Jesus apenas entrou no lugar santíssimo 18 séculos depois de sua ascensão.

Para saber mais: Bíblia de 1681 Confirma a Doutrina do Santuário.

Fonte

O Juízo Investigativo no Santuário Celestial

Hebreus 8:1-2, 9:11 e 24, declara que Jesus entrou no Santuário Celeste como nosso advogado e intercessor. Veja antes as páginas: O Santuário Terrestre e O Santuário Celestial. A Bíblia também nos ensina que no dia 22 de Outubro de 1844, Jesus começou o julgamento dos humanos neste Santuário. Como descobrimos isso?

O juízo universal
No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de consequências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.

No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. “Vi outro anjo” – diz o profeta – “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo.” (Apocalipse 14:6).

Quem é esse anjo e a quem simboliza?
Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este “anjo” ou “mensageiro” representa, segundo os comentaristas bíblicos, “os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho”.1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir.” (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra.

A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo.” (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará.

A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas:

“Porque Deus há-de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:14)
“Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça…” (Atos 17:31)
“Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5:10)
Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exacto em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?

O Dia do juízo
Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Génesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento.

Segundo o Mishná, que é a colecção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com a Cerimónia da Expiação. Até hoje esse dia é denominado “Yom Kippur“, que significa literalmente “dia do juízo”.2 Nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. (Levítico 16:30)

Nesse dia, também, o sumo sacerdote de Israel efectuava a limpeza ou purificação do santuário, com sacrifícios de animais. Note agora o que a Bíblia diz a esse respeito: “Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos Céus se purificassem com tais sacrifícios; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo Céu, para compadecer, agora, por nós, diante de Deus.” (Hebreus 9:23 e 24).

Um santuário no Céu e o juízo
Se você analisar com cuidado essa declaração bíblica, chegará à conclusão natural de que existe um Santuário lá nos Céus e que o santuário terreno do povo de Israel era apenas uma figura do verdadeiro que está nos Céus. Bom, se o dia da purificação do santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do Santuário Celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando acontecerá isso? Se descobrirmos essa data, teremos descoberto a data do início do julgamento do planeta em que vivemos. Não é fascinante?

Agora vem algo que surpreende: a Bíblia contém uma profecia quase desconhecida pela humanidade (se você tiver uma Bíblia em casa, é só conferir). Essa profecia esta registrada em Daniel 8:14, e diz assim: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado.” Essa profecia não pode se referir à purificação do santuário de Israel, porque essa purificação era realizada a cada ano. Aqui está falando necessariamente da purificação do Santuário nos Céus. E isto é confirmado pela própria Bíblia (Hebreus 9:25 e 26). Isso quer dizer que, se descobrimos quando termina essa profecia, teremos descoberto o dia da purificação do Santuário Celestial, ou seja, o dia do juízo dos seres humanos.
Enquanto Daniel orava pedindo que Deus lhe revelasse o significado da profecia, o anjo apresentou-se novamente ao profeta, dizendo: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão… Sabe e entende, que desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe, haverá sete semanas e sessenta e duas semanas… E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício.” (Daniel 9:23 a 27).

Nesse texto estão contidos dados necessários para entender a profecia. Com essa declaração bíblica podemos estabelecer o seguinte diagrama: (primeiro leia os pontos explicativos e depois olhe para o diagrama).

Perceba que o período profético de 2300 anos começa quando saiu “a ordem para restaurar e edificar Jerusalém”. (Daniel 9:25; Esdras 7:7 e 11; Esdras 7:21 e 22). E a História registra que essa ordem foi dada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. Este é, então, o ano do início do período profético.
A profecia diz que, do ano 457 a.C. “até o Ungido Príncipe” (ou seja, o baptismo de Jesus), haveria “sete semanas e sessenta e duas semanas”. Esse total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o que nos leva ao ano 27 d.C., data em que historicamente realizou-se o baptismo de Jesus. Até aqui a profecia tem-se cumprido com exactidão.
A profecia fala de uma semana a mais (sete dias proféticos = sete anos), que nos leva do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C., quando o apóstolo Estevão foi apedrejado pelo povo judeu e, com isso, o tempo de Israel estava acabado. “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo” (Daniel 9:24), tinha dito o anjo ao explicar a profecia para Daniel. Isso também se cumpriu com exactidão.
A profecia afirma que, na metade dessa última semana – que nos leva ao ano 31 d.C. – “fará cessar o sacrifício”. Noutras palavras, Jesus morreria na cruz e já não seria mais necessário o sacrifício de animais que Israel realizava. A História registra que, exactamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e você pode ver mais uma vez como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária.
Até aqui, tudo aconteceu como estava previsto. A profecia foi dada a Daniel por volta do ano 607 a.C. e, séculos depois, tudo se cumpriu ao pé da letra.
Agora me acompanhe no raciocínio. Se, depois do período de 70 semanas (490 anos) continuarmos contando o tempo, concluiremos que o período de 2300 anos termina em 1844. Quer dizer que, naquele ano, segundo a profecia, o Santuário Celestial seria purificado, ou seja, começaria o grande julgamento da raça humana.
457 a.C. – Emissão da ordem para reconstruir Jerusalém (Esdras 7:11 e 12).
408 a.C. – Jerusalém reconstruída e o Estado judeu restaurado.
27 d.C. – Baptismo de Jesus (Mateus 3:13 a 17).
34 d.C. – Morte de Estevão (Atos 7:54 a 60); a Igreja é perseguida (Atos 8:1 a 3) e o Evangelho é levado aos gentios (Atos 13:44 a 48).
1844 – Início do Juízo Investigativo (Daniel 8:14; Apocalipse 3:7 e 8).
Vivendo em pleno juízo

Isso é algo surpreendente e de solene significado. A humanidade não pode viver este milénio sem saber que o juízo divino começou. Este não é um assunto para o futuro. Segundo a profecia, foi a partir de 1844 que o destino dos homens começou a ser definido, e milhões de pessoas no mundo ignoram essa verdade. Por isso o Apocalipse declara que era necessário levantar-se um anjo “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a toda nação, tribo, língua, e povo, dizendo em grande voz: temei a Deus e dai-Lhe glória, pois “É CHEGADA A HORA DE SEU JUÍZO“.

Perceba que o anjo voa. Isso é urgente. Voar significa rapidez. Não há mais tempo a perder. Perceba que a mensagem é dada em alta voz. Isso não pode ser ignorado por mais tempo. Precisa ser proclamado em toda a Terra e para todos os seres humanos. E, finalmente, perceba que este evangelho é eterno. Não é nada novo; algo que foi inventado por alguém. Trata-se da história do maravilhoso amor de Deus pelos seres humanos.

Infelizmente, o juízo, por algum motivo, é mal compreendido pela humanidade. Muitos confundem o juízo divino com os flagelos e catástrofes que acontecerão antes da volta de Cristo, e que também estão profetizados no Apocalipse. Só que aqueles flagelos são parte da sentença. Eles são resultado do juízo. Não é juízo. A prisão ou pena de morte, por exemplo, não é o juízo da pessoa, mas a condenação. Juízo é o processo pela qual se considera o caso: existe um juiz, um advogado, um promotor de acusação, testemunhas e provas.

Veja como o profeta Daniel descreve o juízo celestial: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias Se assentou; Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a lã pura… um rio de fogo manava e saía de diante d´Ele. Milhares e milhares O serviam, e miríades e miríades estavam diante d´Ele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.” (Daniel 7:9 e 10) Note, aí estão o Juiz e também os livros.

Agora confira como o juízo é descrito pelo Apocalipse: “E olhei, e eis não somente uma porta aberta como também a primeira voz que ouvi dizendo: sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” (Apocalipse 4:1). Depois de que coisas? Depois que a porta for aberta, claro. E quando é que a porta foi aberta?

Uma porta aberta em 1844
No santuário de Israel, a porta que levava do lugar santo ao lugar santíssimo, era aberta a cada ano, no Dia da Expiação (que era o dia do juízo). Com relação ao Santuário Celestial é dito que:

“Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado.” (Hebreus 9:24 a 26)
(Assim, a oportunidade de Salvação ainda está aberta a todos, inclusive para você! Só que ela acabará quando cristo deixar o Lugar Santíssimo. O evento histórico que marcará isso é a queda das 7 pragas (AP 16). O Espírito Santo sempre tem razão, hoje é o dia de se decidir por Cristo, Hoje é o dia da sua, da nossa salvação. Porque amanhã Cristo poderá ter deixado de ser advogado e será apenas juiz e aí não haverá mais oportunidade de salvação para ninguém!). Veja abaixo o cronograma geral do juízo:

1844................................................................................Juízo Investigativo


Término do Juízo..............................................................................7 Pragas  

Referências:
Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 29.

1. Seventh-Day Adventist Bible Comentary, vol.7, pág. 827.

2. The Jewish Encyclopedia, vol. 2, pág. 281.

O Santuário Terrestre


Imagem Acima: Tenda que Deus mandou Moisés construir no Deserto por volta de 1500 AC. Este Santuário do Deserto se tornaria o Templo de Salomão (Imagem abaixo), um dos edifícios mais luxuxos da História:

Introdução
Deus sempre revelou o futuro para os seus filhos. A Bíblia por exemplo declara que Cristo foi morto antes da fundação da Terra (Ap 13:8). A razão disso é que Deus já sabia que o homem poderia pecar e Ele tinha um plano de emergência para isso, O plano de Salvação! Ele daria Seu Filho para pagar a penalidade do pecado no lugar de todos os que cressem n´Ele e dessa maneira tivessem direito a vida eterna. Jesus pagaria a pena de morte que o pecador receberia! Só que para manter a fé dos homens na primeira vinda do Messias, Deus passou a simbolizar a futura morte de Seu Filho na cruz através de sacrifícios de animais. Deus pedia geralmente um cordeirinho sem defeito para sacrifício. É por isso que João Batista disse de Jesus: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! João 1:29.

Isso passou a ser ensinado desde que o pecado entrou no nosso mundo. Adão e Eva já sabiam disso, e ensinou seus filhos a sacrificarem o cordeirinho. Abel fez o sacrifício do cordeiro como seus pais ensinaram, mas Caim desobedecendo a ordem levou o cereal da terra. (Veja Génesis 4:4).

Cerca de 2 mil anos se passaram. Quando Deus retirou Israel do Egito resolveu apresentar o plano da salvação de maneira completa. Acrescentou novos detalhes ao mero sacrifício de cordeiros. Moisés deveria construir um santuário e Deus lhe mostrou uma planta. Veja Hebreus 8:5. Esse modelo era uma cópia simples do santuário que existe no céu, que o Senhor construiu e não um ser humano. Veja Hebreus 8:2. O santuário tinha 3 partes: a parte externa onde eram feitos os sacrifícios de animais, o lugar santo e o lugar santíssimo.

1. O Pátio Exterior

No Pátio externo o pecador trazia uma animal sem defeito (simbolizava o sacrifício de Cristo e confessava seus pecados sobre sua cabeça). Depois disso tinha que matá-lo, degolando-o com uma faca. O sacerdote pegava uma bacia de prata e coletava um pouco do sangue do cordeirinho. O resto da carne era queimada.
Enquanto a carne gordurosa era queimada (O Sacerdote poderia guardar a carne sem gordura para se alimentar, caso desejasse), o sacerdote se banhava na pia (à esquerda na imagem) antes de entrar com a bacia de sangue no Santuário.

2. O Primeiro Compartimento: O Lugar Santo

No lugar santo (veja na imagem o cómodo à direita) se encontrava a mesa de pães, o castiçal e o altar de incenso. Quando o sacerdote entrava com a bacia de sangue no primeiro compartimento do santuário espirrava o sangue 7 vezes no altar de incenso, perto da segunda cortina. Os pecados individuais do povo eram transferidos simbolicamente para o santuário. Isso acontecia pelo menos 2 vezes por dia durante 1 ano inteiro! O sangue salpicava a cortina que dividia o primeiro do segundo compartimento e não podia ser lavada. O Sacerdote JAMAIS entrava no SEGUNDO compartimento. Isso era feito apenas uma vez por ano.

3. O Segundo Compartimento (O Lugar Santíssimo)

No Lugar Santíssimo ficava a ARCA DA ALIANÇA. Dentro dela estavam os 10 mandamentos recebidos no Monte Sinai. Um luz sobrenatural irradiava sobre a arca, demonstrando a presença de Deus. O Sumo Sacerdote só entrava no Santíssimo uma vez por ano quando chegava até a presença de Deus, diante da arca da aliança e esparramava o sangue do cordeiro por cima da tampa da arca (o propiciatório). Nesse dia os pecados do ano inteiro eram expiados (o chamado yon Kippur judaico) e a cortina encharcada de sangue que dividia os compartimentos era retirada e colocada uma nova. Esse dia era considerado o dia de julgamento quando a nação ficava livre de seus pecados.

A Luz sobrenatural veio a desaparecer posteriormente. Já não existia quando o Profeta Jeremias mandou esconder a arca da aliança, antes da destruição do Templo em 587 AC.

A Revista das Religiões da Ed. Abril traz na Internet um excelente infográfico sobre o Templo de Jerusalém, santuário terrestres.

O Tabernáculo do Deserto: Êxodo 25:8

Em primeiro lugar, é importante descobrirmos a razão de estudarmos sobre o Tabernáculo de Moisés. Tal estudo sobre O Tabernáculo leva a níveis de compreensão mais além do que é visível nas suas figuras e construção. Levará a apreciar por este tema as profundas revelações sempre presentes nestes relatos sobre o Tabernáculo de Moisés.
O meu desejo é ir mais além do que está impresso nestas páginas. Jesus disse que o Espírito Santo nos ensinaria toda a verdade. Cada porção estudada sobre o Tabernáculo traz níveis mais profundos do conhecimento de Deus, lançando luz sobre o que ainda está oculto aos nossos olhos espirituais. Estudemos estes temas conectados ao nosso amigo e professor, o Espírito Santo e, certamente, Ele nos ajudará a ir além da letra.

O Tabernáculo foi uma estrutura física construída pelo povo de Israel, sob a supervisão de Moisés, cerca 1450 a.C. O ´lay-outµ do Tabernáculo e os materiais de sua construção foram especificados em grande detalhe a Moisés por Deus no Monte Sinai, e isto algumas semanas depois do povo de Israel ter saído do Egito (o Êxodo). O Tabernáculo era uma construção portátil, feita por mãos hábeis e transportado por uma tribo (Os Levitas) através dos 40 anos de peregrinação no deserto.

Algumas importantes razões ao estudar sobre O Tabernáculo:
a) O Tabernáculo é um tipo´ de Cristo (Jo.1:14; Lc.24:25,27);
- Toda a Bíblia tem um propósito principal: revelar o amor de Deus ao homem. Esta revelação de amor está centrada em Cristo Jesus, O Salvador. Um tipo é o mesmo que uma figura, uma parábola.
b) Como todo o homem estava morto espiritualmente, Deus usaria os sentidos deste homem com os quais poderiam VER, TOCAR, PROVAR, OUVIR e CHEIRAR, despertando-os para as coisas espirituais (2Co.3:14);
- Como poderia Deus comunicar-Se com um homem morto de espírito? Tal seria impossível. Deus, então, na sua sabedoria começa a revelar-se a um nível de que seria possível ao homem compreender o seu plano de Redenção.
c)O Seu ensino é a razão de todo o Novo Testamento e aí descobrimos os detalhes
do Santuário se encaixando no NT. (1Co.6:19);
- O Novo Testamento ou Nova Aliança é o maior ensino do Espírito,levando o homem a receber a maior revelação da história da humanidade: Cristo em (dentro) de nós. (Col.1: 7)
d) Conhecer o plano de Deus para salvar a humanidade (Hb.9:11,12).
- Deus havia declarado em Génesis 3:15 que da descendência da mulher seria levantado Aquele que venceria a serpente (diabo). Para vencer a morte representada pelo pecado e pelo diabo, Deus não poderia usar um homem morto em pecado. Deus já revelava o seu extraordinário plano resgate do homem: a vida de Deus em Jesus, homem, entraria pelos portais da morte e a vida venceria a morte. O pecado seria vencido pela santidade, mostrando ao mundo que ser homem, não significa ser vencido pelo pecado, pois o pecado perderia o seu domínio sobre o homem nascido de Deus (Rm.6.14).
O Tabernáculo era uma representação e uma cópia do verdadeiro Tabernáculo no céu. Um tipo de Cristo. Era formado por três partes principais:
1- O Pátio Exterior.
2- O Altar do Sacrifício: estava dentro do átrio, em frente da porta de entrada;
3- O Próprio Tabernáculo: era separado em duas câmaras. A primeira era o lugar antes da mais santa ou lugar santíssimo. Esta A segunda câmara continha a Arca da Aliança. O umo sacerdote entrava no santo dos santos uma só vez ao ano, no Dia da Expiação.

Êxodo3 3: 7- 1 1
Moisés costumava armar a sua tenda fora do arraial… Esta tenda de Moisés foi uma tenda preliminar. Ela já existia antes da construção do Tabernáculo, antes da Lei. Pense agora: porque razão Moisés entrava na Tenda à hora que queria e Arão que era o
Sumo-sacerdote, só entrava no Santo dos Santos, 1 vez por ano? Qual o significado destes diferentes sacerdócios neste estudo sobre O Tabernáculo de Moisés?

1. O SACERDÓCIO de Moisés é uma revelação do Sacerdócio Universal de Cristo e de cada crente. (Sacerdócio Universal é um sacerdócio livre, sem estruturas religiosas e que não requer regras e costumes feitos por homens. Era um sacerdócio sem limitações.) O Tabernáculo de Moisés requeria uma série de formalidades e limitações);
2. Na tenda de Moisés não havia nenhuma divisão. Revelava a intimidade entre Moisés e Deus.
3. Todo aquele que buscava ao Senhor saía à Tenda, fora do Arraial. Estava fora de todo sentido de tradição; de toda a lei e formas; é um encontro livre. Deus vinha e falava com Moisés ao vê-lo entrar na Tenda. Moisés saía da correria do dia-a-dia do mundo, do meio do povo e ficava a sós com Deus.
4. Quando Moisés entrava na Tenda, todo o povo se punha de pé…´ Os discípulos estão a olhar para o seu líder; “o povo seguia Moisés com os olhos”, pois via nele compromisso com Deus; o povo adorava a Deus na sua própria tenda incentivado por ver o seu líder em comunhão com Deus.

Os objetos mais interiores para o Santo dos santos foram construídos de metais preciosos e tecidos. Os objetos exteriores foram feitos de bronze e outros tecidos. O Tabernáculo foi coberto por uma tenda, e revestido de tecidos adicionais.
O Tabernáculo construído estava ao fim do átrio ocidental e era uma estrutura de madeira revestida de ouro, de 15 x 5 metros, divididos em duas partes por uma cortina pesada chamada o "Véu". A entrada era uma cortina colorida suportada por 5 pilares. A maior área construída do tabernáculo (10 x 5 m) chamado "o Santo Lugar" e ali
Foi colocado três peças de mobília dourada. O candeeiro de ouro que iluminava, os pães da preposição à esquerda e a mesa dos pães da preposição que representava o povo de Deus à direita, e o altar dourado de incenso na parte de trás, o que fala de fazer orações continuamente. A menor parte construída, (5x 5) do tabernáculo chamado "Santo dos Santos" e continha apenas a arca da aliança (a arca que continha as duas tábuas da Lei) e a tampa, o propiciatório onde o sangue era aspergido uma vez por ano pelo sumo sacerdote no Dia da Expiação.
Tudo no tabernáculo era portátil de modo que, se a nuvem da glória (Heb. Sh'chinah) se
movia, eles moviam também a arca, deste modo:
Os Materiais Santos
Êx.25:1-9
Os materiais para a construção do TABERNÁCULO aqui relacionados, são exatamente como Deus desejou. Em nada havia a imaginação humana, porque se o Senhor dá ordem para construir a SUA tenda entre nós, seria ao Seu modo. São estes os materiais:
OURO: Fala da Glória de Deus. Ela é única. Israel ofertou 1.269 kg de ouro.
PRATA: Fala da Redenção. O Tabernáculo estava apoiado nas bases de prata. Não há prata mencionada no céu. Todos já terão sido redimidos. 4.350kg.
BRONZE: Representa juízo. Foi empregue onde se precisava de força excepcional e a
resistência ao calor eram importantes. Quando Moisés fez a serpente de bronze (Nm.21:9), falou do poder da serpente, que seria julgada quando o Filho de Deus fosse levantado. Um total de 3.035kg. de bronze.

Observe que só em metais o Tabernáculo pesava 8654 kg, fora as madeiras e tecidos. 
OS TECIDOS:

1. AZUL; Tecido de linho branco (pureza) onde eram bordados fios com tingido em azul extraído de um molusco que produzia esta cor luminosa. Revela que o homem precisava de algo que gerasse nele a ideia do céu como um lugar do seu destino e a presença de Deus com ele. Jesus era celestial na sua origem e natureza. (João. 3:31)

2. PÚRPURA; Os hebreus obtinham essa intensa cor vermelha ao misturar o azul e a escarlata juntos. Esta intensa cor vermelho-purpúrea era uma cor de realeza. Revela Jesus o Rei dos reis. Também profetizava que o celestial (azul) se uniria ao terreno (escarlata) revelando o sangue e sacrifício. Note que as cores eram misturadas, gerando uma nova cor.
3. ESCARLATE; O escarlata era extraída de um inseto oriental (verme) que infesta certas árvores.
Os insetos eram esmagados e transformados num pó que produzia esta cor. Escarlata fala do sacrifício de Cristo e do seu sofrimento – “Ao Senhor agradou moê-lo...” (Is.53:10); Salmo 22:6 é um salmo messiânico onde de Jesus se diz: “sou um verme”.

A COBERTURA DO TABERNÁCULO- Êxodo 26:1-3
1. A 1ª. Cobertura era feita de LINHO BRANCO, entrelaçado e bordado com fios de AZUL, PÚRPURA e ESCARLATA com bordados de desenhos dos querubins. Os querubins só eram vistos nesta cortina e nas da entrada do SANTO LUGAR e no
SANTÍSSIMO LUGAR ou SANTO DOS SANTOS. Os querubins estão sempre associados à santidade de Deus. Eles foram colocados na entrada do Éden, quando Adão pecou, para guardarem o caminho que levava à árvore da vida (Gn.3:24). Os sacerdotes que ministravam no Santo lugar, viam em toda a sua volta os querubins, levando-os à humilhação e quebrantamento.
2. A 2ª. Cobertura era colocada sobre a primeira e era maior atrás do que aquele. Era feita de peles de cabras. Eram duas grandes metades entrelaçadas. Levíticos 16: fala da ordem dada por Deus para separar 2 bodes: um para o sacrifício e outro para ser enviado ao deserto. O primeiro sacrificado tinha o seu sangue derramado “…sem derramamento de sangue não há remissão.” Heb.9:22; o segundo bode era enviado ao deserto, para longe da presença de Deus, longe do santuário. Este ato revelava que Deus iria providenciar que os pecados seriam afastados para sempre: “…quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.” (Sal. 103:12), o primeiro representava a Cristo: o segundo, o que sucederá ao causador do pecado, este enviado ao deserto “lugar não habitado”, destruído aquando da Volta de Jesus para a restauração e purificação da Terra.
3. A Cobertura era feita de peles de carneiro, tingidas de vermelho. Era a primeira das duas últimas que seriam resistentes às intempéries. Ë interessante notar que nenhuma medida foi dada para esta cobertura. Esta cobertura revela a obediência e a consagração.
As peles não eram vermelhas, originalmente. Assim também Jesus precisou anular-se ao tornar-se homem e aprender a obediência e consagra-se, sem o que nada valeria o seu sacrifício_Fil.2:8-11.
É interessante que, a medida que se afasta da primeira cobertura e do Santo dos Santos, menor era a preciosidade dos materiais utilizados nas demais coberturas. Se nos afastamos da cobertura que Deus nos deu, ficamos mais expostos às forças rudes deste mundo.
4. A 4ª. Cobertura era feita de peles de Texugo, encontrava-se às margens do Mar Vermelho. A coberta final de peles não tinha uma aparência agradável. Quem passava ao longe via uma tenda não muito atrativa. Mas ali era o ponto central da adoração a Yaweh. Semelhantemente como é no Reino de Deus, quanto mais aprofundamos, buscando as coisas de Deus, mais beleza e esplendor nós encontramos. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.´ (IIPed.1:9). Não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.´
(Is.53:2)
Nota: este post segue com as restantes peles que cobriam o Tabernáculo.
Aprecie e aprofunde o amor de Deus em Cristo. Abraço em Cristo.
Pr. José Carlos Costa

Entrou Jesus no Lugar Santo ou Santíssimo?

Hebreus 9:12

Jesus Oficiante Omnisciente no Lugar Santíssimo Celeste pós 1844.

A tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada de Hebreus 9:12 afirma que Jesus entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascensão aos Céus:

Hebreus 9:12: não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Esta edição da Almeida se enganou em sua tradução do grego. Para fazer prova inequívoca deste fato iremos citar 10 traduções bíblicas que não concordam com a tradução da Almeida Revista e Atualizada:

A Edição em Espanhol Reina Valera afirma:

Hebreus 9:12: Y no por sangre de machos cabríos ni de becerros, mas por su propia sangre, entró una sola vez en el santuario, habiendo obtenido eterna redención.

A tradução mais exaltada da lingua inglesa, a King James, afirma que Jesus entrou no Lugar Santo:

Hebreus 9:12: Neither by the blood of goats and calves, but by his own blood he entered in once into the holy place, having obtained eternal redemption for us.

A tradução Italiana de Giovanni Diodati (1649) afirma:

Hebreus 9:12: e non per sangue di becchi e di vitelli; ma per lo suo proprio sangue, è entrato una volta nel santuario, avendo acquistata una redenzione eterna.

A própria João Ferreira de Almeida Atualizada, afirma:

Hebreus 9:12: e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.

A Tradução das Testemunhas de Jeová (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas de 1986) dizem:

Hebreus 9:12: ele entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre e obteve [para nós] um livramento eterno.

A maior prova, no entanto, vem das traduções católicas que foram feitas por pessoas que passaram a vida estudando grego e latim:

A Bíblia AVE MARIA diz:

Hebreus 9:12: sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.

A Bíblia da CNBB afirma:

Hebreus 9:12: Ele entrou no Santuário, não com o sangue de bodes e bezerros, mas com seu próprio sangue, e isto, uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna.

The New American Bible (Católica)

Hebreus 9:12: he entered once for all into the sanctuary, not with the blood of goats and calves but with his own blood, thus obtaining eternal redemption.

A Revised Standart Version diz:

Hebreus 9:12: he entered once for all into the Holy Place, taking not the blood of goats and calves but his own blood, thus securing an eternal redemption.

A Bíblia Latino Americana atesta:

Hebreus 9:12: Y no fue la sangre de chivos o de novillos la que le abrió el santuario, sino su propia sangre, cuando consiguió de una sola vez la liberación definitiva.

Como podemos ver as traduções de Hebreus 9:12 constam que Jesus entrou no LUGAR SANTO ou no SANTUÁRIO por ocasião de sua ascenção. A razão é simples: quando se entra no Santuário o primeiro compartimento é o lugar santo. A Tradução Almeida Revista e Atualizada no Brasil está errada como mostra as demais edições internacionais, com destaque para a King James, que é exaltada por todas as igrejas dos países de fala inglesa. O testemunho das Bíblias católicas e da Bíblia das testemunhas de jeová é deveras interessante pois estas igrejas não possuem uma doutrina do Santuário e não sabem que Jesus apenas entrou no lugar santíssimo 18 séculos depois de sua ascensão.

Bíblia Almeida de 1681 Prova a Doutrina do Santuário

Veja antes: Analisando Hebreus 9:12: Jesus entrou no Lugar Santo ou Santíssimo?

Como vimos na página anterior, 10 traduções bíblicas afirmam que Jesus entrou no lugar santo ou no santuário celeste por ocasião de sua ascensão. No entanto, a difundida tradução Almeida Revista e Atualizada afirma que Jesus já subiu direto ao “santo dos santos” no ano 31. Isso confunde a muitos, sendo um desafio a verdade de que Jesus apenas entrou no Santíssimo em 22/10/1844. Além das 10 traduções que provam que a Almeida Revista e Atualizada é uma tradução equivocada, trazemos uma edição antiga da própria, que acreditamos que encerra o assunto com chave de ouro.

O Novo Testamento Almeida Impresso na Companhia das Índias Orientais (Holanda, 1681) é uma grande prova em favor da doutrina do Santuário. Vejamos a Capa da Edição de 1691:

A Almeida Revista e Atualizada afirma que Jesus entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascensão aos Céus:

Hebreus 9:12: não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Vejamos a Página da edição de 1681 que traz o versículo 12 do capítulo 9 de Hebreus:
Vemos que Jesus entrou no SANTUÁRIO e não no lugar santíssimo, como trazem as versões modernas.
Hebreus 10:19 da Almeida Revista e Atualizada tb traz a expressão “santo dos santos”. Na edição de 1681 é diferente:
Novamente temos a Palavra SANTUÁRIO, concordando com a doutrina de que no ano 31 Jesus entrou no Santuário e apenas em 22/10/1844 ele acedeu ao Lugar Santíssimo, a sala do julgamento.
Publicado em junho 17, 2009por IASD

O Início de um Reino em Israel e o Sacerdócio

O nome ‘Samuel’ significa: pedido a Deus
Autor: Samuel (1ª Sm 10:25), Natã e Gade (1ª Cr. 29:29; 1ª Samuel 10:25).
Data dos acontecimentos descritos no livro: 1100—970 a.C.
Regime: Monarquia. Reis: Saul, David.
Sistema: tributário – pagamento de impostos.
Religião: adoração a Yahweh. Culto cada vez mais sofisticado em Jerusalém.
Situação do povo: cada vez mais explorado e empobrecido
O povo de Israel tomou posse de grande parte da terra prometida para Abraão. É importante lembrar que Deus não lhes deu esta terra porque Israel era melhor do que os outros povos, mas Deus deu a terra de Canaã para Israel por dois motivos (leia Deuteronómio 8:20 e 9:5):
- Por causa do pecado dos povos que viviam em Canaã;
- Para cumprir a promessa que fez na aliança com Abraão, Isaque e Israel (Jacó).

1ª Samuel 1-7 - SAMUEL
1115 a.C.-1075 a.C. – Sacerdócio de Eli (da tribo de Levi) - 40 anos - 1ª Sm 1-4
Eli era juiz e sacerdote naquela época e governou Israel durante 40 anos. Ele não corrigiu os seus filhos quando estes faziam o trabalho do tabernáculo de maneira a desagradar a Deus, por isso Deus avisou que a família de Eli haveria de ser retirada do serviço de sacerdote, e Eli e os seus filhos haveriam de morrer (leia 1ª Samuel 4).
1100 a.C. - Nascimento de Samuel
Os livros de 1ª e 2ª Samuel têm esse nome por causa do profeta Samuel, o último dos Juízes e o primeiro profeta de Israel. Deus chamou Samuel quando ainda era menino para falar com o povo (Leia 1ª Samuel 2:18; 3:19-21).
Samuel foi, antes de tudo, um homem de oração. Ele nasceu como resposta da oração de sua mãe (1ª Samuel 3:1-19), deu vitória ao povo por meio da oração (1ª Samuel 7:5-10), orou a Deus quando o povo pediu um rei (1ª Samuel 8:6) e vivia a orar a Deus (1ª Samuel 12:19-23).
1103 a.C.-1055 a.C. - Opressão dos Filisteus - 40 anos - Jz 13.1
1075 a.C. - Morte de Eli – a arca tomada pelos filisteus - 1ª Sm 4.18
Siló era o lugar onde o tabernáculo ficou desde os dias de Josué até os dias de Samuel. Desde que a arca foi roubada pelos filisteus, Siló deixou de ser um sítio importante para Israel.
Os violentos filisteus, os piores inimigos de Israel, continuavam a atormentar o povo de Deus. Eles roubaram a arca da aliança (onde estavam guardados as pedras com os Dez Mandamentos). A arca da aliança era um símbolo da presença de Deus, mas não era a própria presença de Deus. Quando Israel usou a arca como um objeto de sorte, um amuleto para vencer a guerra, Deus parou de ajudá-los, porque confiaram mais na arca (em um objeto) do que no próprio Deus.
A história nos ensina que não podemos vencer na vida quando estamos a lutar contra Deus ou contra a vontade de Deus. A rebelião contra a vontade de Deus é a principal razão das guerras trágicas de hoje. As nações do mundo sempre hão-de fracassar enquanto deixarem Deus fora de seus planos e de suas vidas.
Então Israel pediu um rei.
1065 a.C.-1015 a.C. - Sacerdócio de Samuel - 50 anos - 1ª Sm 7.16
Samuel iniciou uma escola de profetas em sua cidade, Ramá, e teve uma vida irrepreensível (sem culpa). Esse foi o começo de um ofício de profetas ou videntes (pessoas com visão espiritual – Leia Actos 3:24)
1055 a.C. - Reavivamento em Israel – arca em Quireater –Jearim - Há 20 anos e vitória sobre filisteus - 1ª Sm 7.2-3

1ª Samuel 8-15 - SAUL
O povo de Israel desejava um rei para ser parecido com os povos vizinhos (leia 1ª Samuel 8:4-9). Mas eles não precisavam de um rei naquele momento, a Bíblia mostra que há um tempo certo para todas as coisas (leia Eclesiastes 8:6), e aquele não era o momento de Israel ter um rei. O povo de Israel já tinha Deus, o maior Rei de todos, mas se recusou a serví-lO (leia 1ª Samuel 8:7-9).
Deus desejava que Israel fosse diferente das outras nacões. Mas, por causa da teimosia do povo, Deus escolheu Saul, da tribo de Benjamin, para ser o primeiro rei de Israel. Em Deuteronômio 17:14-20 Deus profetizou que Israel teria um rei, mas não era para Israel abandonar Deus. Nós, muitas vezes, desejamos imitar os costumes e prácticas das pessoas que não conhecem Deus, mas Deus deseja que sejamos diferentes.
1050 a.C. - Unção de Saul (1º rei de Israel) - 1ª Sm 9-10
Saul reinou durante 40 anos em Israel, mas não tinha seu coração totalmente entregue a Deus. Mesmo assim, Israel aumentou muito seu poder militar e cultural na época da monarquia.
Saul era o rei que o povo queria: bonito, forte e que com uma presença marcante. Alguém que, pela sua aparência, mostrava autoridade. Mas esse não era o que Deus queria para Israel. Muitas vezes escolhemos as coisas por sua aparência, a pensar que a aparência pode dar mais poder e autoridade, mas Deus nos mostra que o melhor para nós nem sempre tem boa aparência, porque Deus vê o coração das pessoas (leia 1ª Samuel 16:7).
Saul foi humilde a princípio, mas depois se encheu de orgulho e tornou-se desobediente a Deus. Veja as actitudes de Saul:
• O orgulho de Saul diante do altar de Deus (1ª Samuel 13:11-13);
• A crueldade com seu filho Jonatas (1ª Samuel 14:44);
• A desobediência na batalha contra Amaleque (1ª Samuel 15:23);
• O ciúme e o ódio contra Davi (1ª Samuel 18:29);
• O pecado de ter consultado uma adivinha (1ª Samuel 28:7).
As campanhas militares de Saul:
- Contra os amonitas;
- Contra os filisteus – Saul faz o que Deus não mandou ele fazer (assumir o trabalho de um sacerdote ao oferecer um sacrifício). Deus rejeita Saul.
- Contra os amalequitas; a desobediência de Saul destrói o sucesso. Saul mente para Samuel. Samuel repete que Deus rejeitou Saul.
- Contra os filisteus novamente – Davi aparece e vence o gigante Golias.
- Contra Davi – Saul atacou Davi 5 vezes, mas Deus protegeu Davi.
- Contra os filisteus mais uma vez – Israel é derrotado, Saul e três dos seus filhos morrem.

1ª Samuel 16-31 - DAVID
Saul desobedeceu a Deus e oprimiu o povo de Israel. Por causa disso, Deus mandou Samuel ungir David para ser o novo rei de Israel. Deus só rejeitou Saul porque Saul tinha rejeitou Deus.
1024 a.C. - Samuel unge David rei - 1ª Sm 16
O personagem principal dos livros de 1ª e 2ª Samuel é David, bisneto de Rute e Boaz, da tribo de Judá, e nasceu em Belém. David era um jovem pastor de ovelhas, perto dos 18 anos, quando Samuel o ungiu. Era o filho mais novo da família, com 7 irmãos mais velhos e mais fortes do que ele. Ninguém lhe dava muita atenção a David, mas David tinha o seu coração totalmente entregue a Deus, e Deus mesmo disse que “David era um homem de acordo com o coração de Deus” (leia 1ª Samuel 13:14; Actos 13:22). Foi David quem escreveu a maior parte dos Salmos.
1023 a.C. - David mata Golias - 1ª Sm 17
1018 a.C. - David foge de Saul - 1ª Sm 19
1015 a.C. - Samuel morre em Ramá - 1ª Sm 25.1
1010 a.C. - Morte de Saul e Jonatas - 1ª Sm31; 2ª Sm 1-2
1010 a.C. - David torna-se Rei na tribo de Judá - 7 anos - 2ª Sm 2
1003 a.C - David torna-se Rei de todo o povo de Israel - 33 anos - 2ª Sm 5.5
1000 a.C. - David traz a arca para Jerusalém - 2ª Sm 7
Davi foi um grande líder militar e estabeleceu a capital de Israel na cidade de Jerusalém. Depois desejou trazer a arca para a capital, mas imitou a maneira dos filisteus carregarem a arca, por isso um de seus homens morreu (leia 2ª Samuel 6:1-7). Deus tinha ensinado há muito tempo como a arca deveria ser transportada – sobre os ombros dos levitas (leia Números 7:9), e não em uma carroça, como os filisteus fizeram (leia 1ª Samuel 6:1-12).
995 a.C. - Pecado de David com Bate-Seba - 2ª Sm 11-12
Davi possuiu a mulher de um de seus soldados e, depois que ela engravidou, mandou que deixassem esse soldado morrer em batalha para poder se casar com a mulher. Davi pecou porque não estava no sítio onde deveria estar (2ª Samuel 11:1-2). Era época dos reis estarem na guerra, mas David ficou em casa. Quando deixamos de fazer nossas responsabilidades, estamos a dar lugar para o pecado em nossa vida. Por isso, quando estamos ociosos, com nada a fazer, é aí que haveremos de ter mais oportunidade para pecar.
Por causa do pecado de David, uma maldição entrou em sua família, e seus filhos lhe causaram muitos problemas depois.
993 a.C. - Nascimento de Salomão - 2ª Sm 12.24-25
987-978 a.C. - Revolta de Absalão - 2ª Sm 13-19
985 a.C. - Censo de David e compra do terreno para a construção do Templo - 2ª Sm 24
Deus é quem ordenava a contagem do povo, mesmo assim Davi desobedeceu a Deus e decidiu mandar fazer um censo. O comandante do exército, Joabe, lembrou Davi que era contra a vontade de Deus, mas diante da insistência de Davi, o censo foi realizado. Mas, por causa do seu coração entregue a Deus, Davi arrependeu-se e aceitou a disciplina do Senhor como consequência pelo seu pecado (leia 2ª Samuel 24). Depois, em obediência e gratidão, comprou o campo de Araúna, onde mais tarde haveria de ser construído o Templo.
Apesar de suas falhas humanas, Deus usou David para colocar Israel em uma posição de honra e glória perante as outras nações:
• Ele uniu todas as 12 tribos de Israel em submissão a ele como rei;
• Ele estabeleceu a capital em Jerusalém;
• Ele derrotou os inimigos de Israel (midianitas, amalequitas e filisteus), que nunca mais voltaram a oprimir Israel;
• Aumentou a área de influência de Israel sobre as outras nações desde o Egipto ao sul até a Síria, ao norte;
• Fundou (inaugurou) uma dinastia real (uma linhagem de família de reis que passava de pai para filho – da tribo de Judá), de onde Jesus nasceu (leia Romanos 1:3; Isaías 9:7; Lucas 1:32 – Jesus é descendente de Davi).
Apesar de ter pecado, Davi buscou Deus com arrependimento e humilhação (leia 1ª João 1:9 e Salmo 51).

Obs: OS LIVROS DE 1ª E 2ª SAMUEL MOSTRAM 3 FUNÇÕES ESPECÍFICAS: SACERDOTE, PROFETA E REI.
* SACERDOTE – representa o povo diante de Deus, intercede e pede pelo povo;
* PROFETA – representa Deus diante do povo, orienta, corrige, fala a palavra de Deus;
* REI – governa o povo na justiça social e na guerra contra os inimigos.
Deus estava a ensinar que o Libertador que Deus havia prometido para nos salvar de nossos pecados, haveria de ter essas três funções. Por isso chamamos Jesus de Messias ou Cristo.
MESSIAS (hebraico): ungido (capacitado, separado, consagrado, escolhido)
CRISTO (grego): ungido (capacitado, separado, consagrado, escolhido).
Jesus haveria de nascer descendente de Davi. Jesus é nosso perfeito SACERDOTE, o perfeito PROFETA de Deus e nosso único REI. Ele é o único perfeitamente capacitado para ter essas 3 funções a fim de nos salvar.

AS 7 FESTAS DE ISRAEL (SÁBADOS ANUAIS) E SEU CUMPRIMENTO NA HISTÓRIA CRISTÃ

+ As 2 Festas Extras

A Biblia ensina a existência de 2 sábados. Um Eterno, ligado aos 10 mandamentos (Exodo 20:8-11) e a existências de sábados rituais, dias de festas passageiros.

1- O Sábado do 7° dia foi dado antes da entrada do pecado, sendo parte da lei eterna (Gen 2:1-3)

2- Vejamos agora quais eram os 7 Sábados cerimoniais dados a Israel após a entrada do pecado e que cessariam na cruz porque eram sombras, parábolas para tempos futuros.

FESTAS……….DATA………VERSOS…..…SÁBADOS…..nomes em hebraico

1-Páscoa……14 de Nisan……5………..15 de Nisan Pessach

2- Pães Asmos. 15-21 Nisan… 6-8……….21 Nisan Hag haMatzot

3- Primícias…16 Nisan….. 10-14…….. 6 Sivan Hag Habikkurim

4- Pentecostes. 6 Sivan….. 15-21………1° de Tishri Shavuot (semanas) Pentecoste é grego.

5- Trombetas…1° Tishri…. 24-25………10 de tishri Yom Teruah –dia do toque da trombeta. Rosh HaShannah/ Ano Novo

6- Expiação…10 de Tishri.. 27-32……… 15 de Tishri. Yom Kippur

7- Tabernáculos ..15-21 Tishri…34-36/39-43. 22 de tishri. Sukkot Cabanas ou Tabern.

A essas festas foram acrescentados após o exílio babilônico:

8- Purim (Sortes) em 14 e 15 de Adar, duodécimo mês. (Ester 9:23-28)

9- Hanukkah (Dedicação) em 25 de Kiev. mês nono.

Jesus é visto nos evangelhos indo comemorar a festa de Hanukkah, à ultima delas, sinal de que estava em vigor pelas leis cerimoniais:

João 10:22 Celebrava-se então em Jerusalém a festa da dedicação (Hanukkah). E era inverno.

AS FESTAS CERIMONIAIS ESTAVAM RELACIONADOS AOS SACRIFICIOS de cordeiros, OFERENDAS E PRESCRIÇÕES ALIMENTARES. É por isso que Paulo fala em Col 2:16 para ninguem vos julgar por causa de sábados e festas, porque alguns cristãos continuavam participando desses sacrificios de cordeiros e festas, o que não era errado em si.

Vamos ver o cumprimento dessas sombras na história do cristianismo.
A) AS FESTAS QUE SE CUMPRIRAM NO ÍNICIO DO CRISTIANISMO
O momento em que a parábola se tornou realidade:

1- Páscoa se cumpre com o sacrificio de Cristo na Cruz.
Festa instituída quando o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito (Ex. 12). Um cordeiro era morto no dia quatorze do primeiro mês (Abib) do calendário hebraico.
Cumpriu-se de forma precisa numa sexta-feira ao pôr-do-sol quando Cristo foi morto como um cordeiro (I Cor. 5:7; I Ped. 1:18 e 19).

2- Pães Amos: No dia seguinte à Páscoa (15 de Abib) começava um período de sete dias onde o povo deveria comer pão sem fermento e oferecer oferta queimada ao Senhor. No verso sete o texto diz que no primeiro dia, ou seja, o dia seguinte a Páscoa, o povo não poderia trabalhar.

Essa festa se cumpriu a partir do dia seguinte à morte de Cristo, quando em Lucas 23:54 a 56 diz que as mulheres na sexta-feira de Páscoa embalsamaram o corpo de Jesus e então no Sábado (dia seguinte) descansaram. Começa então o período de consagração daqueles que eram povo de Deus, na esperança da ressurreição de Cristo, que morreu sem pecado, tipificado pelo pão sem fermento (Fermento representa o pecado, leia Mat. 16:6).

3- Primícias: acontecia no dia imediato à festa dos pães asmos (16 de Abib) e festejava o início da colheita. Sem entrarmos em detalhes sobre sua contagem, que divergia entre os Fariseus e Saduceus, vamos esboçar seu significado profético no plano de redenção. Jesus morreu literalmente no dia 14 do primeiro mês (Páscoa) e ressuscitou no dia 16, “como primícias dos que dormem” (I Cor. 15:20).
Assim como o povo dedicava ao Senhor os primeiros frutos da colheita, Jesus dedica ao Pai os primeiros frutos da salvação, quando na Sua morte muitos ressuscitaram (Mat. 27:51 a 53) e depois foram levados ao Céu com Ele.
4- Pentecostes: Parece haver uma ligação desta festa com as anteriores, como sendo uma continuação (v. 15 e 16). Essa festa comemorava o fim da colheita, uma espécie de segunda festa das primícias.

O Pentecostes cumpriu-se cronologicamente em tempo exato (Atos 2:1) e com a descida do Espírito Santo, os seguidores de Deus entregaram “quase três mil pessoas” (Atos 2:41) como frutos da grande colheita desde a morte e ressurreição de Jesus.

B) AS FESTAS QUE SE CUMPREM NO TEMPO DO FIM
Depois da Festa do Pentecostes havia um intervalo até a próxima festa. Assim acontece na história, temos um grande intervalo desde o Pentecostes (ano 33) até a retomado dos cumprimentos proféticos prefigurados pela festa. (1833-1844).

5- Trombetas: No primeiro dia do sétimo mês era tocada a trombeta para anunciar o primeiro dia do ano civil, ou ano novo. A trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia de juízo onde se exigia preparação e solenidade. A Festa das Trombetas era um dia de descanso e consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas a Deus neste dia.
Seu cumprimento profético se deu, no anúncio da proximidade do grande Dia da Expiação a partir de 1833, claramente estampado na Primeira Mensagem Angélica: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Apoc. 14:7).

6- Dia da Expiação: Acontecia no décimo dia do sétimo mês. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente através do sangue do animal que era aspergido no tabernáculo.

Segundo a profecia de Daniel 8:14, no dia 22 de outubro de 1844 teve início esse grande dia, quando Jesus passou literalmente para o Lugar Santíssimo do Santuário celestial para julgar aqueles que aceitaram um dia o sacrifício de Cristo na cruz como cordeiro de Deus (Heb. 9:23 a 28).

O Dia da Expiação terminará cerca de 1 a 3 anos e meio antes da Volta de Jesus.

7- Purim: Purim comemora a crise que o povo judeu passou pela destruição planejada pelo perverso Haman. (Ester). No tempo de fim se cumpre com o decreto de Morte, após a fuga dos santos das cidades (Apoc 13:11-17).

8- Tabernáculos: No décimo quinto dia acontecia a última festa do ano religioso, a Festa dos Tabernáculos. Os israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias. Ao contrário da contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião. O juízo havia passado e o perdão dos pecados estava garantido.Se cumpre após a queda das 7 Pragas e a libertação do povo de Deus do decreto de morte de Apocalipse 13.

9- Chanucá ou Hanukah comemora a reinauguração do Templo Sagrado de Jerusalém, após a vitória dos macabeus. É celebrada durante oito dias através do acendimento da menorá que lembra os milagres ocorridos.

Literalmente, “Inauguração”. A festa recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os macabeus “chanu” (descansaram) das batalhas no “cá” (25º dia) de Kislêv.

“Chanucá contém uma mensagem universal para todos os povos de todas as fés – uma mensagem de liberdade, da vitória do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas”

Seu cumprimento se dá com a apresentação que Jesus fará ao Pai dos remidos.