Em Êxodo 12.14, Jeová determinou que a Festa Páscoa teria que ser celebrada «anualmente», isto é, em todo dia 14 do «primeiro mês» (Abibe/Nisã), ver também os versos 6 e 18. Este memorial não era só para a Festa da Páscoa, mas também para a Festa dos Pães Asmos (Êx 12.15-20), a qual falamos em seguida. - No dia da libertação dos filhos de Israel do Egito, não houve tempo, tudo foi feito apressadamente. Entretanto, para as gerações futuras, Yahweh determinou que a Festividade tivesse a duração de sete dias; «Sete dias comereis pães asmos...» (v.15). Evidentemente, isso só poderia ser feito posteriormente, após a partida do Egito. Então, nota-se, que a Páscoa realizada no dia 14 de Abibe, no crepúsculo da tarde (Êx 12.6; Deut 16.6), assinalava o início da outra Festa chamada «Festa dos Pães Asmos», que começava no dia 15 e terminava no dia 21 à tarde (Êx 12.18; 13.7). Na verdade, os pães asmos, deveriam ser comidos a partir da tarde do dia 14 (vs.18). «...Sete dias se comerão pães asmos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos» (Êx 13.7). Durante a semana da Festa dos Pães Asmos, o fermento (heb. seor , isto é, qualquer substância semelhante à levedura, capaz de produzir fermentação em massa de pão ou líquido) e qualquer coisa fermentada (heb. hamets, isto é, qualquer coisa fermentada ou contendo levedura) tinha que ser removida dos lares dos israelitas. - Em Êxodo 12.15 e 13.7, hamets e traduzido por «pão levedado», porém, o significado literal desse termo, é «coisa fermentada». Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma, «em todo teu território» (Êx 13.7 – ARA). A negligência e a desobediência a esta ordenança, traria punição ao culpado (vs.15). É sobre esta punição que trataremos em seguida.
Punição «Porque qualquer que comer cousa levedada, desde o primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será eliminada de Israel» (Êx 12.15 – ARA). A rejeição intencional e deliberada dos preceitos de Jeová resulta em julgamento Divino (v.19). O culpado era excluído do povo do concerto, ou, pela expulsão, ou pela morte (Êx 31.14). A punição era gravíssima; pois nas Escrituras, o fermento frequentemente simboliza o pecado, a impureza, a podridão, a corrupção, a hipocrisia, as doutrinas falsas, e, enfim tudo o que corrompe e contamina o homem (Mat 16.6,11; Marc 8.15; Luc 12.1; 1 Cor 5.6-8). Veja mais sobre o Tipo de Pão da Santa Ceia É claro que nenhuma cerimônia (festa) religiosa tem valor para Yahweh, ser vier acompanhada do pecado humano (1 Cor 11.28.29). O povo israelita devia obedecer a Deus, caso contrário, o culpado era punido. Connosco também não é diferente, apesar sermos um povo de uma Nova Aliança, porém, não estamos isentos das nossas responsabilidades e obediência aos preceitos estabelecidos pelo Senhor Jesus Cristo.
Nos tempos do A.T., guardava-se a Páscoa separada da Festa dos Pães Asmos, apesar de terem íntima conexão. A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abibe ou Nisã (a Ceia Pascal era comida no início do dia 15, ou seja, na noite deste dia, pois o dia judaico começa às 18 horas, à tarde do dia 14, era dedicado ao sacrifício dos cordeiros pascais, bem como de outros preparativos, o qual falaremos mais adiante), enquanto que a Festa dos Pães Asmos começava no dia 15 de Abibe, e continuava durante «sete dias» (Êx 12.6; Lev 23.5,6). Juntas formavam uma Festa dupla. Nos tempos de Jesus, as Festas da Páscoa e dos Pães Asmos já eram tratadas como sendo uma somente (Luc 22.1). Isto se devia, sem dúvida alguma, ao fato de não haver intervalo entre as duas Festas, e também porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Êx 12.1-28). Na verdade a Festa dos Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa. Durante estas acontecia o dia das primícias da cevada.